O Brasil pós-Comissões da Verdade: reflexões 60 anos depois do golpe de 1964
DOI:
https://doi.org/10.33871/nupem.2024.16.38.8655Palavras-chave:
Comissão da Verdade, Virada conservadora, Memória, AutoritarismoResumo
Este artigo parte do argumento de que a implantação de comissões da verdade no Brasil foi o estopim para uma virada conservadora que tomaria proporções inimagináveis na ocasião da criação de tais comissões. Sessenta anos após o golpe de 1964, partindo de uma análise historiográfica, sociológica e comunicacional, o texto discute o impacto e o legado das comissões da verdade no Brasil, assim como a ascensão de uma perspectiva autoritária após a divulgação dos relatórios finais das principais comissões. Pretende-se avaliar o papel desempenhado pelas comissões de forma articulada com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), compreender tal virada conservadora a partir das políticas de direitos humanos e articular essas reflexões ao debate acadêmico acerca da memória, da censura e da liberdade de expressão no Brasil.
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