O filme “Zama”: estética e devires decoloniais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/nupem.2023.15.35.87-100

Palavras-chave:

“Zama”, Lucrecia Martel, Decolonialidade, Estética

Resumo

Este artigo traz uma análise sobre o filme “Zama” (2017), de Lucrecia Martel, ilustrando o pensamento em decolonialidade, desde a reescrita estética até sua proposta central, que constitui impressões fora da história hegemônica composta nos clichês dos tempos coloniais. As imagens forjadas no filme trazem outras provocações sobre os sentidos da “América Espanhola” do século XVIII. O figurino é inspirado nos padrões culturais de espanhóis, portugueses, escravos e alforriados, junto a pinturas corporais indígenas, assim faz com que o território colonial constituído no filme componha visualidades que repensam o deslocamento dos sujeitos, habitantes de um “entre-lugar”. A espera do personagem Zama, que deseja partir, é traduzida por signos que nos dimensionam ao hibridismo cultural que a América Latina herda, caracterizado pelas memórias, violências, afetos e resistência.

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Publicado

2023-06-05

Edição

Seção

Dossiê: Sociedade, Cultura e Fronteiras: relações, sensibilidades e conflitos em uma perspectiva interdisciplinar