Afetividade e aulas remotas em tempos de pandemia: a questão da distância
DOI:
https://doi.org/10.33871/nupem.2022.14.32.260-279Palavras-chave:
EaD, Ensino remoto, Afetividade, Produção do conhecimentoResumo
O presente artigo é um estudo teórico que tem, como ponto de partida, o modelo de ensino remoto adotado no Brasil como uma possível alternativa em virtude ao prolongamen-to da pandemia do novo coronavírus – Covid-19, pela grande maioria das escolas brasileiras, a partir do segundo trimestre de 2020. Realizamos, a partir de pesquisas produzidas pelo Grupo do Afeto (Leite, 2018), uma reflexão sobre as possibilidades da dimensão afetiva no trabalho pedagógico desenvolvido a distância. Analisando-se as condições de ensino remoto à luz das contribuições dessas pesquisas, concluímos que a distância na relação professor-aluno, aluno-aluno, aluno-instituição constitui uma condição que dificulta e impede o estabelecimento de relações afetivas positivas na relação sujeito-objeto, constitutivas do processo de construção do conhecimento. Reforçamos a importância do trabalho do professor, segundo o modelo teórico aqui apresentado, reconhecendo que não é mais possível desconsiderar o papel da dimensão afetiva no processo de ensino-aprendizagem.
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