Epistemologías en disputa: retos y posibilidades para una producción interseccional de conocimiento

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33871/nupem.2025.17.42.10601

Palabras clave:

Epistemologías interseccionales, descolonización del conocimiento, saberes subalternos

Resumen

Este trabajo tiene como objetivo presentar las epistemologías intersecciona-les como una posibilidad para descolonizar los procesos de producción de conocimiento aún basados en la universalidad, la neutralidad y la objetividad que configuran el entorno académico-científico. Partimos de la siguiente pregunta: ¿de qué manera las epistemologías interseccionales pueden desafiar las normas tradicionales de producción de conocimiento en la academia? Abordamos esta cuestión a partir de un recorrido teórico que destaca las teorías interseccionales y el feminismo decolonial como apuestas relevantes. La descolonización del conocimiento no se limita a la dimensión teórica, sino que también implica prácticas que enfrentan las relaciones de poder y las condiciones de privilegio que atraviesan a sujetos e instituciones. Los resultados señalan la necesidad de transformaciones en las prácticas de investigación y docencia, incluyendo la valorización de saberes subalternos que se oponen a la hegemonía eurocéntrica, así como el reconocimiento de la importancia de revisar las políticas de inclusión.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Fontes

BRASIL. Lei n. 14.723, de 13 de novembro de 2023. Altera a Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012, para dispor sobre o programa especial para o acesso às instituições federais de Educação Superior e de Ensino Técnico de nível Médio de estudantes pretos, pardos, indígenas e quilombolas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escola pública. Brasília: Diário Oficial da União, 2023.

BRASIL. Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de Ensino Técnico de nível Médio e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 2012.

IBGE. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.

Referências

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020.

BOURDIEU, Pierre. The political field, the social science field, and the journalist field. In: BENSON, Rodney; NEVEU, Erik (Eds.). Bourdieu and the journalistic field. Cambridge: Polity Press, 2005, p. 29-47.

BOURDIEU, Pierre. L’emprise du journalisme. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, v. 101-102, p. 3-9, 1994.

CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.

CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 340f. Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Boitempo, 2022.

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2020.

CRENSHAW, Kimberlé Williams. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista para Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.

CRENSHAW, Kimberlé Williams. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991.

CURIEL, Ochy. Construindo metodologias feministas a partir do feminismo decolonial. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 123-145.

EVARISTO, Conceição. A escrevivência e seus subtextos. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado (Orgs.). Escrevivência: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020, p. 26-47.

FIGUEIREDO, Angela. Epistemologia insubmissa feminista negra decolonial. Tempo e Argumento, v. 12, n. 29, p. 1-11, 2020.

FIGUEIREDO, Angela. Descolonização do conhecimento no século XX. In: SANTIAGO, Ana Rita et al. (Orgs.). Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro. Cruz das Almas: UFRB, 2017, p. 79-106.

FOUREZ, Gerad. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. São Paulo: EdUNESP, 1995.

GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.

GONZALEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira. In: LUZ, Madel (Org.). O lugar da mulher: estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de Janeiro: Graal, 1982.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Periferia, v. 1, n. 2, p. 41-91, jul./dez. 2009.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

KILOMBA, Grada. “Descolonizando o conhecimento”: uma palestra-performance de Grada Kilomba. São Paulo: Goethe-Institut, 2016.

LORDE, Audre. Zami, a new spelling of my name. Londres: Penguin Books Ltd, 2018.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 237-270, 2007.

MIGNOLO, Walter. Histórias Globais/projetos Locais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: EdUFMG, 2003.

MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF, n. 34, p. 287-324, 2008.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: LANDER, Edgardo (Comp.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales: perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2000.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

SILVA, Tomaz Tadeu da. O currículo como fetiche: a prática e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Publicado

2025-12-01

Número

Sección

Dossiê: Diferenças, identidades e deslocamentos na contemporaneidade: perspectivas interdisciplinares