Art as a tool for discoursing memory and resistance: the case of the Military Regime in Brazil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33871/nupem.2025.17.40.8645

Keywords:

Military dictatorship, Memory, Testimony, Documentary

Abstract

This article examines the dispute over memory during the Brazilian civil-military dictatorship (1964-1985), with an emphasis on art as a tool of resistance. The primary issue is how artists and intellectuals confronted censorship and repression, while keeping alive the memory of those who fought for democracy. The goal is to analyze the contribution of art, particularly in the documentary Cadê Heleny?, which portrays the journey of activist Heleny Guariba. The research is justified by the importance of preserving collective memory. The methodology used is the qualitative analysis of significant fragments from the documentary, linking the relationship between memory politics and art, highlighting some intrinsic potentials of documentary cinema. The results show that art not only represented the protest against injustices but also shaped collective consciousness, contributing to democrati-zation and justice efforts in post-dictatorship Brazil. The approach explores documentary cinema as a tool of resistance, offering an alternative narrative to the official history.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo, 2004.

ASSMANN, Aleida. Espaços de recordação: formas e recordação da memória cultural. Campinas: Editora da Unicamp, 2011.

BEZERRA, Cláudio. A personagem no documentário de Eduardo Coutinho. Campinas: Papirus, 2014.

BRASIL. Lei n. 6.683, de 28 de agosto de 1979: concede anistia e dá outras providências. Gov.br. 28 ago. 1979. Disponível em: https://abre.ai/ly2o. Acesso em: 27 nov. 2024.

BRASIL. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n. 153. Supremo Tribunal Federal. 2010. Disponível em: https://abre.ai/ly2x. Acesso em: 27 nov. 2024.

BRASIL. Relatório: volume III. Brasília: Comissão Nacional da Verdade, 2014.

FICO, Carlos. O Grande Irmão: da operação Brother Sam aos anos de chumbo: o governo dos Estados Unidos e a ditadura militar brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

FICO, Carlos. O golpe de 1964: momentos decisivos. Rio de Janeiro: FGV, 2014.

GOES, Maria Lívia Nobre. Debaixo das ruas, em cima dos palcos: teatro e luta armada em São Paulo, 1968-1970. 137f. Mestrado em Artes pela Universidade de São Paulo. São Paulo, 2021.

JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. Madrid: Siglo XXI Editores S.A., 2002.

KILBORNE, Yann. L’analyse du film documentaire. Malakoff: Armand Colin, 2022.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 1996.

NAPOLITANO, Marcos. A arte engajada e seus públicos. Estudos Históricos, n. 28, p. 103-124, 2001.

NAPOLITANO, Marcos. A resistência cultural durante o regime militar brasileiro: um novo olhar historiográfico. In: MOTTA, Rodrigo Patto Sá. (Org.). Ditaduras militares: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015, p. 193-212.

NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Editora Contexto, 2018.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2014.

ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Campinas: Editora da Unicamp, 1997.

PABÓN, Carlos. ¿Se puede contar? Historia, memoria y ficción em la representación de la violencia extrema. In: ROCA REY, Lucero de Vivanco (Org.). Memorias en tinta: ensayos sobre la representación de la violencia política en Argentina, Chile y Perú. Santiago de Chile: Ediciones Universidad Alberto Hurtado, 2013, p. 33-48.

PASSARINHO. A tortura e o terrorismo. Folha de S. Paulo, São Paulo, v. [s.I.], n. [s.I.], p. A3, 28 nov. 2006.

PEROTIN-DUMON, Anne. Historizar el pasado vivo de América Latina: verdad y memoria. Escribir la historia de nuestro tempo. Santiago do Chile: Liminar, 2007.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.

RICOEUR, Paul. La memoria, la historia, el olvido. Madrid: Trotta, 2007.

ROBIN, Régine. A memória saturada. Campinas: Editora da Unicamp, 2016.

SALLES, João Moreira. A dificuldade do documentário. In: MARTINS, José Souza; ECKERT, Cornélia; CAIUBY, Sylvia Novaes (Orgs.). O Imaginário e o poético nas ciências sociais. Bauru: Edusc, 2005, p. 57-71.

SARNEY, José. Anistia e os ossos de d. Pedro. Folha de S.Paulo, São Paulo, v. [s.I.], n. [s.I.], p. A2, 17 nov. 2006.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. A virada testemunhal e decolonial do saber histórico. Campinas: Editora Unicamp, 2022.

TELES, Janaína de Almeida. Os herdeiros da memória: a luta dos familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil. 268f. Mestrado em História pela Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.

VITAL, Esther. “Cadê Heleny? [s.I.]: Apto.122 e Tripulante Produce, 2022.

Published

2025-01-22

Issue

Section

Articles