ADAPTAÇÃO CRIATIVA NAS IMAGENS DO TARÔ DO TERREIRO DE UMBANDA PAI MANECO
DOI:
https://doi.org/10.33871/21750769.2023.16.1.7560Palabras clave:
Tarô do Terreiro Pai Maneco, adaptação criativaResumen
O Tarô do Terreiro Pai Maneco, cujas imagens foram criadas por mim, é composto por vinte e dois Arcanos maiores e uma carta coringa. O objetivo deste artigo é apresentar partes do processo de criação em que identifico a atuação/ inspiração espiritual. Para tanto levanto questões acerca das formas de comunicação entre sagrado e religiosidade (ELIADE e HOOKS), destaco características dos processos tradutórios criativos (CAMPOS, PLAZA e SCHNAIDERMAN) e lanço luz sobre o valor da dúvida nos processos poéticos contemporâneos (FERVENZA, SALLES e TESSLER). Indago-me acerca do transitar sígnico identificado na realização das pinturas digitais, considerando a importância de tal ato para a difusão de uma religião de base afro-indígena-brasileira. Sob a ótica de uma crítica engajada e amorosa (HOOKS), acredito aprofundar relações dialógicas com as entidades espirituais por meio da pintura e da breve interpretação das cartas. A pesquisa oriunda da criação do Tarô se justifica pelo respeito à ancestralidade mágica e valorização da diversidade de credos não hegemônicos, elementos basilares para a potencialização da abordagem decolonial na cultura e na arte brasileiras.
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