O que nós temos a dizer? o percurso, entre Brecht e Boal, na construção uma peça fórum-didática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/21750769.2024.19.2.8026

Palavras-chave:

Pedagogia das Artes Cênicas, Peças Didáticas, Teatro do Oprimido, Pós-democracia

Resumo

Os autores realizaram um exame bibliográfico e organizaram práticas teatrais para verificar a hipotética costura entre a Peça Didática Aquele Que Diz Sim e Aquele Que Diz Não, de Bertolt Brecht, e Teatro Fórum (TF), ramo do Teatro do Oprimido (TO), organizado por Augusto Boal, como uma alternativa cênica para criar um ambiente de efetiva vivência democrática. A atual crise democrática, momento denominado por alguns como pós-democracia, é um sistema político que prioriza vozes privilegiadas, como os grandes nomes do mercado e seus políticos. A distorção é absurda, ao ponto de democracias elegerem políticos declaradamente antidemocráticos. Em tal contexto, as peças didáticas são valiosos materiais democráticos de aprendizagem para a transformação da sociedade. E, por sua vez, o TO se apropria de princípios e ritos das democracias modernas, no ensaio para a revolução social. Brecht e Boal acreditavam no teatro como uma arte que deve se voltar às lutas políticas. Espera-se com o diálogo destas duas linguagens, no que os autores denominam como Peça Fórum-Didática, contribuir com práticas na área de pedagogia teatral e teatro na comunidade em contextos comunitários e escolares. Além do mais, pretende-se apresentar uma proposta de apoio e diálogo aos estudos dos que pensam na arte e cultura como mecanismos capazes de instigar a reflexão, questionamento e a transformação da sociedade, por meio da efetivação do teatro como um espaço de exercício democrático.

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Biografia do Autor

Eduardo Augusto Vieira Walger, Universidade do Estado de Santa Catarina/Prefeitura Municipal de Pinhais

Bacharel em Artes Cênicas (2009) pela FAP (Faculdade de Artes do Paraná), atual UNESPAR (Universidade Estadual do Paraná). Bacharel em Direito (2013), pela UNIBRASIL (Faculdades Integradas do Brasil), aprovado na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (2013). Especialista em Metodologia do Ensino da Arte (2015) pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Mestre (2018) e doutorando em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atua como como ator, diretor, produtor, instrutor/professor e pesquisador com ênfase em Teatro na Comunidade e Teatro Político. Estuda a Estética do Oprimido, elaborada por Augusto Boal, e como o teatro pode colaborar com o sistema democrático. É Instrutor de Artes Cênicas (2014) pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer do Município de Pinhais (SEMEL). Atuou como Professor Substituto (2018) na Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Curso Superior de Tecnologia em Produção Cênica (TPC), ministrando as seguintes disciplinas: Dramaturgia e Resistência; Gestão de Políticas Públicas em Cultura; Iluminação; Laboratório Experimental de Dramaturgias do Ator; Sonoplastia e Desenho de Som. Atuou como Professor Substituto (2019 - 2021) na Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), no Curso Superior de Licenciatura em Teatro, ministrando as seguintes disciplinas: Estágio Supervisionado I; Estágio Supervisionado II; Estudo em Artes Cênicas I (Introdução ao Teatro do Oprimido); Projeto de Investigação da Cena Dramática I (PINC I).

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Publicado

13-12-2024

Como Citar

Walger, E. A. V. (2024). O que nós temos a dizer? o percurso, entre Brecht e Boal, na construção uma peça fórum-didática. O Mosaico, 19(2), 1–29. https://doi.org/10.33871/21750769.2024.19.2.8026