O que está por trás dos currículos?

(Auto)Etnografia como caminho para se repensar experiências distintas de estágio supervisionado em Artes Cênicas

Autores

  • Luciana da Costa Dias PPGCEN / UnB
  • Kathleen Cristina Albuquerque Santos Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.33871/21750769.2025.20.01.10471

Palavras-chave:

Autoetnografia, estágio curricular supervisionado, Ensino de Artes Cênicas, Colonialidade, Racismo

Resumo

Este artigo aborda a colonialidade e modernidade nas estruturas sociais e de ensino, questionando as instituições formadas desde a modernidade, baseadas no racismo colonial e sexismo epistêmico. Como questão se pergunta como a colonialidade impacta as estruturas de ensino no Brasil, especialmente no ensino das Artes Cênicas no ensino básico do Distrito Federal – local onde as experiências de estágio aqui narradas tiveram lugar. A fundamentação teórica inclui autores como Sueli Carneiro (2005; 2023), Luciana Ballestrin (2013), Ramón Grosfoguel (2016), Jota Mombaça (2016), Antônio Bispo dos Santos (2019), bell hooks (2020), Luiz Rufino (2021; 2023) e Érico José Oliveira (2024), dentre outros. Como metodologia, utilizou-se metodologia mista, combinando pesquisa bibliográfica e estudo de caso de viés autoetnográfico e qualitativo para descrição das atividades de estágio em Artes Cênicas. A autoetnografia é entendida e usada aqui como prática contra-hegemônica (Miranda, 2022) para legitimar relatos de “diferença”: de experiências vistas como as não-dominantes, vivenciadas em primeira pessoa por uma das autoras, em discussão com a segunda, que orientou a pesquisa. Assim sendo, este artigo pretende, em última instância, discutir os impactos da colonialidade nas estruturas de ensino no Brasil, partindo de narrativas autoetnográficas, mas as usando como ponto de partida para questões e caminhos possíveis para um ensino menos colonizado e definitivamente antirracista.

Palavras-chave: Autoetnografia; Estágio Curricular; Ensino de Artes Cênicas; Colonialidade; Racismo.

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Biografia do Autor

Luciana da Costa Dias, PPGCEN / UnB

Luciana da Costa Dias é Doutora em Filosofia e Professora Associada do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB), Brasil. Sua pesquisa se concentra em feminismos interseccionais, filosofia contemporânea e estudos da performance, com ênfase especial em artistas latino-americanas e mulheres. Nos últimos anos, seu trabalho assumiu uma perspectiva contracolonial, explorando epistemologias para além da tradição ocidental, como mostra sua produção mais recente. E-mail: lucdias3@gmail.com Lattes: http://lattes.cnpq.br/8939356561837418  ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5627-5431.

Kathleen Cristina Albuquerque Santos, Universidade de Brasília - UnB

Kathleen Cristina Albuquerque Santos é Licenciada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB). Moradora do Sol Nascente – Ceilândia (DF), é a primeira pessoa de sua família a ingressar em uma universidade pública. Atua como pesquisadora desde 2023. Foi bolsista PIBIC-UnB de 2023 a 2025 no projeto Gênero, Performance e Colonialidade nas Artes Cênicas Latino-Americanas, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Luciana da Costa Dias. Em 2024, apresentou sua pesquisa como comunicação no Seminário Currículo, Decolonialidade e Formação Docente nas Artes Cênicas, realizado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). E-mail: kathleencristinaalbuquerque@gmail.com Lattes: http://lattes.cnpq.br/4578722336750698 ORCID: https://orcid.org/0009-0004-7207-6917

 

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Publicado

04-07-2025

Como Citar

da Costa Dias, L., & Albuquerque Santos, K. C. (2025). O que está por trás dos currículos? (Auto)Etnografia como caminho para se repensar experiências distintas de estágio supervisionado em Artes Cênicas. O Mosaico, 20(01), 1–28. https://doi.org/10.33871/21750769.2025.20.01.10471

Edição

Seção

Dossiê Estágios Supervisionados em Artes: práticas, adversidades e formação docente