Vivências das crianças na cidade o tempo nas instituições educativas
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Abstract
Este artigo aborda a relação entre infância e cidade, com o objetivo de compreender as experiências das crianças no ambiente urbano, focando na sua permanência em instituições educativas e nas interações entre pares. Fundamentado na Sociologia da Infância, o estudo qualitativo foi conduzido por meio de um estudo de caso, envolvendo vinte crianças de nove a onze anos de idade, provenientes de escolas públicas em Presidente Prudente (SP): dez de uma escola central e dez de uma periférica. Por meio das narrativas das crianças, foi elaborado um quadro de rotina que descreveu os espaços frequentados e o tempo dedicado a cada atividade ao longo de uma semana escolar (de segunda a sexta-feira). Os resultados destacaram que a maior parte do tempo das crianças era ocupada pela escola, pelo programa de Educação Integral Cidadescola, por projetos sociais e outros cursos. A interação social predominante ocorria com os pares, embora as interações com adultos também fossem mencionadas. Concluiu-se que as crianças passam a maior parte do seu tempo em ambientes supervisionados por adultos, o que limita suas oportunidades de brincar e explorar a cidade de forma autônoma. Esse fenômeno impacta significativamente os processos de socialização e desenvolvimento da autonomia infantil.
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