Formação continuada no ensino de ciência da saúde: avaliação de habilidades e feedback efetivo
DOI:
https://doi.org/10.33871/23594381.2016.14.2.1061Resumen
Resumo: A responsabilidade do educador no processo de ensinagem é de grande relevância. A formação continuada (FC) pode se tornar importante estratégia em auxílio das lacunas vivenciadas pelo professor com formação na área da saúde, quando não possuir formação pedagógica anterior. Objetivo deste estudo foi analisar, sob o olhar dos professores do ensino de ciência da saúde, a formação continuada proposta, traçando seus aspectos positivos e negativos. Trata-se de um estudo exploratório, abordagem metodológica qualitativa com observação participante. Coleta de dados deu-se por meio da observação, roda de conversa e ficha avaliativa realizada com professores dos cursos de enfermagem e medicina ao término da FC, em junho de 2016 nas dependências da Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR. Temática foi "˜Avaliação Clínica Objetiva Estruturada e Feedback Efetivo'. Houve gravação de som/imagem e fotos foram feitas para registro. Dados forma expressos em porcentagem e em categorias temáticas. Dos 18 participantes da formação, 06 (33,33%) eram professores do curso de Enfermagem e 12 (66,66 %) de Medicina. Dos resultados encontrados 99, 99% consideraram como importante e essencial a contribuição da FC para a vida profissional. Quanto à participação, 93,75%, entre bom e excelente e as conversas e debates, necessária e suficiente para 93,75% dos participantes. Oportunidade para reflexão, qualidade da facilitadora, tema escolhido, a própria formação para os docentes e a dinâmica empregada foram aspectos considerados positivos na FC realizada. O sábado, a carga horária e o espaço físico foram apontados como negativos. Conclui-se que a FC constitui-se de importante estratégia quando vem ao encontro das necessidades dos professores e contribui para a formação docente, propiciando reflexões sobre os desafios que acompanham a avaliação de habilidades. A presença ativa com intencionalidade para ensinar/aprender/partilhar foi motivadora e enriquecedora traduzindo-se em benefícios para todos os atores no cenário do ensino.
Descargas
Citas
ALMEIDA, M.I.; PIMENTA, S.G. A construção da pedagogia universitária no âmbito da universidade de São Paulo In: PIMENTA, S.G.; ALMEIDA, M.I. (Orgs.). Pedagogia Universitária: caminhos para a formação de professores. São Paulo: Cortez, 2011. 245p.
ANASTASIOU L.G.C.; ALVES, L.P. Estratégias de Ensinagem In: ANASTASIOU, L. G.C.; ALVES, L.P. Processos de Ensinagem na Universidade. Joinville, SC: UNIVILLE, 2004.
BATISTA, N. A., BATISTA, S.H. A docência em saúde: desafios e perspectivas. In BATISTA, N. A., BATISTA, S.H (Orgs.) Docência em Saúde: temas e experiências. 2ª ed – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014. 296p.
BATISTA, S.H; ROSSIT, R.A. Aprendizagem, ensino e formação em saúde: das experiências í s teorias em construção. In BATISTA, N. A., BATISTA, S.H (Orgs.) Docência em Saúde: temas e experiências. 2ª ed – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014. 296p.
BATISTA, N.A.; MANFROI, W.C. Pesquisa e pós-graduação em educação médica: avanços e perspectivas. In MARINS J.J.N.; REGO S. (Orgs). Educação médica: gestão, cuidado, avaliação. São Paulo: Hubitec; Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Educação Médica, 2011.460p
BORGES, M.C., MIRANDA, C.H., SANTANA R.C., BOLLELA V. R. Avaliação formativa e feedback como ferramenta de aprendizado na formação de profissionais da saúde. Rev. Medicina (Ribeirão Preto) 2014;47(3): 324-31
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES nº3 de 07 de novembro de 2001. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Enfermagem. Diário Oficial da União. Brasília, 09 novembro. 2001; Seção 1, p.37.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES nº3 de 26 de junho de 2014. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Medicina. Diário Oficial da União. Brasília, 23 jun. 2014; Seção 1, p.08/11
FERREIRA, F. I. A universidade e a formação continuada dos professores no contexto das reformas educativas contemporâneas. In. CALDERÓN, A.I.; SANTOS, R.M.; SARMENTO, D.F.(Orgs). Extensão universitária: uma questão em aberto. São Paulo: Xamã, 2011, 151p.
HARDEN, R.M., GLEESON, F.A. Assessment of clinical competence using an objective structured clinical examination. Medical Education 13 (1), 41–54., 1979
HEWSON, M. G.; LITTLE, M.L. Giving Feedback in Medical Education. Verification of Recommended Techniques. Journal of General Internal Medicine. Volume 13, February 1998
IATSKIU, P.; MATTOS, R.R.; FLISSAK, J.C.; FERNANDES, N.M.K.; MACHADO, C.J.; BORRILE, J. M. Formação continuada e modalidades didáticas para o ensino de ciências e biologia. Revista Ensino & Pesquisa, v.12 n.02 p.1-13 jul/dez 2014.
LIBANEO, J.C. A organização e gestão da escola: teoria e prática- 6 ed. Ver. e ampl.- São Paulo: Heccus Editora, 2015, 304p.
LIBANEO, J.C. Buscando a qualidade social do ensino. In A organização e gestão da escola: teoria e prática- 6 ed. Ver. e ampl.- São Paulo: Heccus Editora, 2015, 304p
LIMA-GONÇALVES, E. Médicos e Ensino da Medicina no Brasil- São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 2002. 254 p.
PELIZZARI, A.; KRIEGL, M.L.; BARON, M.P.; FINCK, N.T.; DOROCINSKI, S.I. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002
SOUZA, R. G. S. Estratégia de mobilização para as transformações curriculares. In MARINS J.J.N.; REGO S. (Orgs). Educação médica: gestão, cuidado, avaliação. São Paulo: Hubitec; Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Educação Médica, 2011.460p
VILAÇA, G.D.V.; CASTRO, M.F. PROCESSO DE FORMAÇíO: Orientações para ações de Ater. Diretoria de Extensão Rural, Departamento de Educação Profissional. Recife, 2013. Disponível em < http://www.ipa.br/novo/pdf/der/orientacoes-gerais-deed.pd >. Acesso em 1º de julho de 2016.