La alfabetización de los niños con síndrome de Down a la luz de la neurociencia

Resumen

Resumo: A Síndrome de Down é uma condição genética que causa deficiência intelectual e acomete milhares de pessoas, logo, há o desafio de alfabetizá-las com uma metodologia que atenda suas limitações de forma promissora. Considerando o campo das neurociências, vários estudos tem sido desenvolvidos visando a compreensão do funcionamento do cérebro e como esses estudos podem ser traduzidos para o campo da educação. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi utilizar o reconhecimento e a formação das letras como princípio para a aprendizagem da leitura e da escrita no processo inicial da alfabetização de um aluno com Síndrome de Down, utilizando a metodologia desenvolvida por Naschold (2015; 2016). Foram analisadas, sistematicamente, as fases de escrita e leitura desse aluno com base na teoria da reciclagem neuronal de Dehaene (2015), em que por meio da neuroplasticidade, o córtex neuronal é reorganizado adaptando o circuito de uma antiga função, como reconhecer rostos, para uma nova função, de reconhecer palavras escritas, criando a Área Visual de Forma da Palavra (AVFP) que fundamenta o Instrumento Diagnóstico das Etapas Iniciais de Alfabetização (IDEIA), material utilizado nesta pesquisa. Como resultados, foi visto que o aluno obteve consideráveis avanços na escrita, conseguindo escrever o seu primeiro nome, e compreendendo a formação de cada letra, a partir das formas retas e curvas. Desse modo, concluímos que a aplicação da metodologia foi bastante eficiente e pode ser replicável com outras crianças. Além disso, é importante e necessário que mais discussões sejam feitas considerando as atualizações das neurociências para o campo da educação, bem como que essa metodologia seja aplicada em longo prazo, com adaptações também aplicadas em atividades complementares.

Palavras-chaves: educação inclusiva, educação especial, funções executivas, atendimento educacional especializado, deficiência intelectual.