Desdobramentos da política intervencionista dos organismos internacionais na educação brasileira: A repercussão da influência dos organismos internacionais na carreira docente
DOI:
https://doi.org/10.33871/23594381.2023.21.2.6876Resumo
Este artigo apresenta considerações sobre a interferência dos organismos internacionais na elaboração das políticas educacionais brasileiras e seus efeitos na carreira docente. O objetivo deste texto é identificar como a carreira docente é abordada nos documentos e recomendações de organismos internacionais, e seus reflexos na política educacional brasileira. O estudo procurou responder às seguintes indagações: a política educacional brasileira tem se alinhado às orientações e recomendações internacionais no que diz respeito às políticas educacionais? De que forma a carreira docente é apresentada nos documentos e recomendações desses organismos? Como procedimento metodológico, utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental, cujo resultado mostrou que as reformas educacionais brasileiras dos anos 1990 são subordinadas às determinações dos organismos internacionais. No que se refere à carreira docente, os documentos elaborados pelos organismos
internacionais trazem um consenso quanto à baixa remuneração dos professores e o baixo status da profissão. Assim, seus documentos trazem recomendações para a formulação de melhores planos de carreira e melhoria da remuneração dos professores. Entretanto, essas recomendações ofereceram apenas indicações superficiais e de modo genérico, pois privilegiam a formação em serviço e programas paliativos, de preferência a distância.