A Estética do Vazio na Obra de Jorge Oteiza - Receptividades Geradas na Época da Bienal de 57
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2014.1.01.74-86Palavras-chave:
Jorge Oteiza, vazio, estética, Bienal de São Paulo, receptividadeResumo
Esta pesquisa tem como objetivo traçar e indagar os conceitos de vazio no pensamento de Jorge Oteiza. Investiga tais ideias desde os referenciais culturais próprios ao escultor, como os cromlechs bascos, até os mais distantes, a exemplo das esculturas megalíticas de San Agustín, na Colômbia. Uma vez que relativiza não apenas com a história da arte, quanto com a história cultural e social do homem. Com a finalidade de um entendimento na proposta aqui em questão, ou seja, nas diversas hipóteses que abarcam o conceito de vazio, esta análise se fundamenta mais extensamente em três de seus inúmeros escritos. Primeiramente Escultura Dinámica, de 1952, cujo texto centra o conceito de vazio conectado às hipóteses de tempo, assim como às particularidades do dinâmico em escultura. O segundo texto no qual este estudo se ampara consiste na Interpretación estética de la estatuária megalítica americana, publicado em 1952. Documento produzido durante sua instância na América Latina (1934-1948). A terceira obra de Oteiza seria o Propósito experimental 1956-1957, escrito que acompanha as esculturas enviadas à IV Bienal de São Paulo, o qual torna-se fundamental para as hipóteses aqui colocadas. Nele Oteiza explicita seu processo de trabalho, o erige como um propósito. A partir deste texto esta pesquisa inicia algumas conexões, enquanto cita o conceito de receptividade, com os artistas Franz Weissmann, Lygia Clark, Hélio Oiticica e os poetas Augusto e Haroldo de Campos.
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