Gabinetes de Curiosidade: um lugar de espanto e maravilhamento diante do mundo das coisas
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.009-029Palabras clave:
Gabinete de Curiosidades, Câmera de maravilhas, Arte, Sentidos.Resumen
A escrita deste artigo objetiva apresentar um estudo bibliográfico e documental sobre a experiência de pensar a arte através dos gabinetes de curiosidades que repercutem no renascentismo por serem destinados a receber os objetos e os saberes colecionados durante o período das grandes navegações. O maravilhamento impressiona e justifica a inclusão desta experiência histórica, bem como, o modo todo-próprio como era compreendido, admirado e catalogado o mundo. Apostar nesta metodologia renascentista pode fornecer elementos discursivos e estéticos que contribuam para um outro modo de pensar a arte. Partimos do pressuposto de que a formação do sujeito se torna muito mais atraente, dinâmica e profunda se ela estiver acompanhada da curiosidade, do maravilhar-se e do espanto. Aquele que estabelece laços sociais fazendo uso de expressões artísticas é capaz de se situar, interpretar e produzir signos junto ao mundo e ao tempo em que vive. Maravilhar-se com a arte, portanto, significa operar nas tramas cognitivas do sujeito que pode conhecer e ressignificar para si aquilo que outros seres humanos produziram antes dele, diante da existência, deixando para gerações vindouras vestígios do seu modo de pensar e ser.Descargas
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