Gabinetes de Curiosidade: um lugar de espanto e maravilhamento diante do mundo das coisas
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.009-029Keywords:
Gabinete de Curiosidades, Câmera de maravilhas, Arte, Sentidos.Abstract
A escrita deste artigo objetiva apresentar um estudo bibliográfico e documental sobre a experiência de pensar a arte através dos gabinetes de curiosidades que repercutem no renascentismo por serem destinados a receber os objetos e os saberes colecionados durante o período das grandes navegações. O maravilhamento impressiona e justifica a inclusão desta experiência histórica, bem como, o modo todo-próprio como era compreendido, admirado e catalogado o mundo. Apostar nesta metodologia renascentista pode fornecer elementos discursivos e estéticos que contribuam para um outro modo de pensar a arte. Partimos do pressuposto de que a formação do sujeito se torna muito mais atraente, dinâmica e profunda se ela estiver acompanhada da curiosidade, do maravilhar-se e do espanto. Aquele que estabelece laços sociais fazendo uso de expressões artísticas é capaz de se situar, interpretar e produzir signos junto ao mundo e ao tempo em que vive. Maravilhar-se com a arte, portanto, significa operar nas tramas cognitivas do sujeito que pode conhecer e ressignificar para si aquilo que outros seres humanos produziram antes dele, diante da existência, deixando para gerações vindouras vestígios do seu modo de pensar e ser.Downloads
References
AGAMBEN, G. O homem sem conteúdo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
BARLÉU, G. O Brasil holandês sob o Conde João Maurício de Nassau. (1940). Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/227290. Acesso em: 07 out. 2019.
BERTI, E. No princípio era a maravilha: as grandes questões da filosofia. São Paulo: Edições Loyola,2007.
ECKHOUT, A. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017.
FRANÇOZO, M. d. C . De Olinda a Holanda: o gabinete de curiosidades de Nassau. Campinas: Editora da Unicamp, 2014.
GODARD, J. Jevous Salue Saravejo. Filme. (2 min e 14 seg). (1993) Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=LU7-o7OKuDg. Acesso em: 03 fev. 2018.
HOLANDA, S B. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo: Brasiliense – Publifolha, 2000.
ISSACSON, W. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.
KALRA, V. Levando Mahatma para Veneza. (2019) Disponível em: https://indianexpress.com/article/express-sunday-eye/talking-of-mohandas-5719443/. Acesso em: 31 out. 2019.
OTINGER, D. A parede. (2003). Disponível em: https://www.andrebreton.fr/en/work/56600100228260. Acesso em: 31 out. 2019.
PAVID, K. Hans Sloane: physician, collector and botanist. (2019). Disponível em: https://www.nhm.ac.uk/discover/hans-sloane-physician-collector-botanist.html. Acesso em: 03 set. 2019.
PROUST, M. Em busca do tempo perdido: no caminho de Swann. Rio de Janeiro: Editora Globo,1993.
RODINI, E. Uma breve história do museu de arte. [S.d.]. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/humanities/art-history-basics/beginners-art-history/a/a-brief-history-of-the-art-museum-edit. Acesso em: 07 out. 2019.
SILVA, D. L. Brasil Holandês: os caminhos do conhecimento. Ci.& Tróp, Recife, p. 115-140, jan./jun, 2002.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 International Interdisciplinary Journal of Visual Arts - Art&Sensorium
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:- Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
- Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
- Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).