Paisagens Invisíveis na Cidade: Escultura Pública Contemporânea em Curitiba
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2019.6.2.001-016Palabras clave:
Paisagem Urbana, Projeto Escultura Pública, Curitiba, Arte Contemporânea, Invisibilidade.Resumen
Este artigo traz a ideia de paisagem urbana levando em conta a velocidade, o tempo, a mobilidade e os aspectos da memória, ou do esquecimento, como fatores de transformação da visualidade da cidade, partindo de Peixoto, Pesavento e Brescianni. O processo de invisibilidade ocorre na combinação desses fatores, afetando, consequentemente a memória e o imaginário coletivos. O foco temporal desta reflexão é o Projeto Esculturas Públicas, no qual ocorreram palestras e encontros entre historiadores e teóricos da arte contemporânea, artistas e público, e a instalação de obras públicas na cidade de Curitiba, no ano de 1992. O artigo destaca a produção das artistas Eliane Prolik, Denise Bandeira e Laura Miranda, e sua posterior invisibilidade, ao serem retiradas e/ou esquecidas nos locais de exposição. Ao considerar a memória, destacada em Lynch, Certeau e Kohlsdorf, como um dos elementos integradores na construção do imaginário urbano, pretende-se enfatizar a complexidade da cidade contemporânea e abordar variantes presentes nesta construção, e em possíveis interações com o espaço urbano. A partir de Derrida e Canclini, partilha-se a ideia de memória como arquivo aberto, na resistência do esquecimento ou da invisibilidade da arte na cidade, e fundamentais na construção do imaginário dos seus habitantes.
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