ARTE ANGOLANA CONTEMPORÂNEA, ENTRE O LOCAL E O GLOBAL
reflexões em torno de um mapeamento do campo cultural na Luanda pós-independente, pós-guerra civil e pós-socialista
DOI:
https://doi.org/10.33871/sensorium.2025.12.10416Palabras clave:
Angola, Arte contemporânea, Circulação, Crítica Pós-Colonial, Sul GlobalResumen
O texto que aqui apresento é fruto de pesquisa desenvolvida como parte de minha tese de doutoramento, intitulada Escarificações: espaço-corpo-memória na literatura e nas artes visuais angolanas (2001-2020) (Rodrigues, 2022). Partindo de um mapeamento realizado no ano de 2019, em Luanda, capital de Angola – o que incluiu caminhadas pelas ruas da capital do país e arredores, visitas a espaços culturais, vivências comunitárias, conversas e entrevistas com escritores, artistas, curadores, pesquisadores, professores, ativistas, etc. –, teço algumas reflexões sobre avanços e desafios que se colocam à cultura, à arte angolana contemporânea e aos seus atores e agentes, tanto no cenário local (pós-independente, pós-guerra civil e pós-socialista), quanto no contexto global. Destacando eventos fulcrais, como a criação da Fundação Sindika Dokolo e a realização da Trienal de Luanda, na primeira década do século XXI, os quais foram responsáveis por introduzir o país no contexto internacional das artes (dentro e fora do continente africano), apresento dilemas e ações culturais protagonizadas por artistas e outros agentes da sociedade civil inseridos numa capital marcada por séculos de colonialismo português, por cicatrizes da Guerra Fria em solo nacional e pelo sistema-mundo uno e desigual (Wallerstein, 2005), inclusive no campo da cultura.
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Citas
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