MATÉRIA VISÍVEL, MATÉRIA TANGÍVEL: ENTRE A FÍSICA CONTEMPORÂNEA E A ESCULTURA NO CAMPO EXPANDIDO
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2017.4.2.255-268Keywords:
Matéria, Escultura Contemporânea, Física Contemporânea, Campo Expandido.Abstract
Pretendemos reflectir, neste artigo, acerca do conceito de matéria na escultura contemporânea, integrando elementos formais e conceptuais oriundos da física. Propomos um enquadramento da escultura no domínio do "˜campo expandido' de Rosalind Krauss e, através desta contextualização, admitimos a expansão do conceito de matéria na escultura a escalas que vão muito para além da percepção humana, ou seja, entrando nos domínios do universo cosmológico e do infimamente pequeno que aprofunda.
Deste modo, integraremos na nossa reflexão diferentes escalas e respectivos limites de visibilidade da matéria: 1) Limites de visibilidade da matéria decorrentes da percepção humana (escala do corpo - escala do homem; física newtoniana); 2) Limites de visibilidade da matéria infimamente pequena (recurso a dispositivos analógicos e digitais e final substituição da escala espacial contínua pela quantificação energética probabilística - não contínua; integração da física quântica); 3) Limites de visibilidade da matéria infinitamente grande (recurso a dispositivos analógicos e digitais e final substituição da física newtoniana - contínua e linear - pela relatividade geral - contínua e não linear); 4) Retorno à escala do homem (integração de objectos intangíveis no nosso olhar/ percepção humana e sua respectiva racionalização e possibilidade de construção criativa a partir dos mesmos).
Do ponto de vista científico, pretendemos debruçar-nos na temática, por si só complexa, da "˜matéria visível', ou seja, da matéria detectável pelos nossos sentidos e pelos instrumentos/dispositivos analógicos e digitais de amplificação do espectro da visão. Tal não significa que não seja feita uma contextualização epistemológica no âmbito da "˜matéria negra', deixando um espaço em aberto para a possibilidade da natureza constituinte da "˜matéria negra' constituir a nossa própria natureza e, naturalmente, a natureza da escultura. Por isso, e no que diz respeito ao conceito de matéria, integraremos também as reflexões Dufrenniana e Bachelardiana (que tratam a invisibilidade enquanto fonte do visível).
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