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MELANCOLIA EM ANTÓNIO DACOSTA, COMO REFLEXO DE UM MODO DE SER E DE ESTAR AÇORIANO

Autores

  • Assunção Melo CHAM

DOI:

https://doi.org/10.33871/sensorium.2024.11.9156

Resumo

Apesar de o sentimento de melancolia ser universal e que acompanha a humanidade, a partir do momento em que o homem tem capacidade de pensar a vida e a morte, este sentimento não pode estar, de forma alguma, desligado do clima e da geografia em que o indivíduo se insere. Aliás, Vitorino Nemésio dá o mote, quando tem a plena convicção que somos um tanto de história, como de geografia. Nesse sentido, melancolia configura-se como um modo de estar ambíguo que parte do mundo interior do individuo e do mundo exterior, influenciando-se e interligando-se mutuamente. A sua expressão é evidenciada através de um estado de humor desolado, incómodo que o indivíduo pretende banir. Mesmo nesta contradição de existência e ao mesmo tempo de exclusão, melancolia configura-se também como uma vivência e até mesmo, como um modo de ser e de estar. No caso que pretendemos analisar, prende-se com a obra de António Dacosta e com uma pintura específica cujo título Melancolia, nos remete para essa reflexão do clima, da geografia e dos elementos externos de espaço e de tempo, influenciadores de um modo de ser e de estar, mais ou menos exacerbados, mas sempre em estados intermédios de melancolia. O presente artigo desenvolve-se partindo de um contexto geográfico insular, para um exemplo particular. A conclusão a que chegamos é que o clima é fortemente influenciador de um estado de espírito e, portanto, contribuição deste estudo para o tema em questão deve-se ao questionamento se clima e a geografia insular açoriana são aliadas do sentimento de melancolia nos intervenientes criativos.

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Publicado

2024-06-26

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Edição

Seção

Dossiê - Melancolia e Arte