Contribuição ao estudo da talha luso-brasileira: os riscos do acervo do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.2.067-081Palavras-chave:
Riscos, Talha, Arte luso-brasileira.Resumo
A ornamentação interna dos templos religiosos erguidos em Minas Gerais, no decorrer do século XVIII e das primeiras décadas dos oitocentos, exigiu o empenho de profissionais dedicados a elaborar relevos talhados em madeira, que tinham como fim transformar os ambientes internos das edificações, recobrindo retábulos e paredes para estabelecer a plasticidade inexistente na austera alvenaria. Embora reconhecida a operação dos oficiais envolvidos no planejamento e execução dessas obras, persistem indagações sobre o processo de concepção dos projetos ornamentais, materializados em representações gráficas comumente conhecidas, em língua portuguesa, como riscos, que testemunham a etapa antecedente à fábrica dos serviços. Nesse sentido, o artigo que se apresenta tem como orientação interpor novos elementos para a compreensão do universo projetual da talha luso-brasileira, a partir da análise de três desenhos, não examinados pela história da arte, localizados no Museu da Inconfidência (Ouro Preto), idealizados para subsidiar a confecção de um retábulo, um detalhe ornamental e um castiçal.
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