Arte Angolana Contemporânea: Ruí­na, Arquivo e Dever Crí­tico de Memória na Poética de duas Gerações de Artistas

Autores

  • Adriana Cristina Aguiar Rodrigues Professora de Literatura na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Doutorado em andamento em Teoria e História Literária na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com bolsa de pesquisa financiada pela CAPES em parceria com a Fundação de Amparo í  Pesquisa do Amazonas (FAPEAM). http://orcid.org/0000-0002-2192-9981

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.2.052-066

Palavras-chave:

Arquivo, Memória, Artes visuais em Angola, António Ole, Kiluanji Kia Henda.

Resumo

Do século XV ao XX Angola esteve sob o poder dos portugueses. Entre 1961 e 1974 ocorreram lutas organizadas pela independência, conquistada em 1975. Após esse perí­odo, iniciaram-se conflitos internos (oriundos de estruturas polí­ticas e civis construí­das pelo colonizador europeu) que só foram encerrados em 2002. Diante desse quadro histórico, cujas marcas ressoam na sociedade angolana, a nação ainda luta para reerguer seu espaço e preservar a memória. Em um paí­s ainda deficitário em museus e em centros de arquivos, alguns artistas têm desempenhado um papel fundamental: por um lado, desarquivam o passado, revisitando-o criticamente; por outro, fazem de suas produções um arquivo (estético, ético e polí­tico) contra o esquecimento, construindo uma memória das lutas, das ví­timas e dos rastros da violência colonial. Nesse contexto, este artigo, fruto de pesquisa de doutorado em andamento, procura, em primeiro momento, pensar como Angola ainda ressoa o que Michel Foucault denomina "heterotopias" e "heterocronias" coloniais. Após, são analisadas obras de António Ole e Kiluanji Kia Henda, artistas angolanos de duas diferentes gerações, que têm se debruçado sobre a temática de que aqui tratamos, isto é, as relações entre arte contemporânea angolana, arquivo e memória.

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Biografia do Autor

Adriana Cristina Aguiar Rodrigues, Professora de Literatura na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Doutorado em andamento em Teoria e História Literária na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com bolsa de pesquisa financiada pela CAPES em parceria com a Fundação de Amparo í  Pesquisa do Amazonas (FAPEAM).

É professora assistente de Literatura na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com doutorado em andamento em Teoria e História Literária na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde desenvolve pesquisa sobre a literatura e as artes visuais angolanas produzidas entre 1990 e 2020.

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Publicado

2020-11-25

Edição

Seção

Artigos