ESCULTURAS HIPER-REALISTAS E A DESCONSTRUÇÃO DA IMAGEM CORPORAL NO CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2017.4.1.116-129Palavras-chave:
hiper-realismo, escultura, corpo, háptico, biopolítica.Resumo
Ron Mueck, Jamie Salmon e Sam Jinks são alguns dos artistas contemporâneos que trabalham com a estética hiper-realista em esculturas. Notamos em suas obras a intenção de apresentar corpos humanos próximos a um estado "natural" que se afasta dos padrões estéticos do corpo jovem e perfeito tão longamente explorado pelas mídias de massa. Os trabalhos expõem a fragilidade do corpo por meio da representação das marcas do tempo e de expressões de dor e angústia. Neste trabalho, interessa-nos compreender o potencial estético-político que tais obras carregam. Nossa hipótese é que o biopoder que age sobre os corpos na sociedade contemporânea global e desmaterializada seja um agente que contribua para um maior engajamento sobre imagens que aguçam o sentido háptico (ligado ao tato), como acontece no caso das esculturas citadas. Diversos autores (Deleuze e Guattari, 1997; Marks, 2000; Paterson, 2007) mostram que o sentido háptico carrega em si um potencial de transformação por estimular o corpo, retirando-o do lugar de espectador passivo, de desengajamento e de distanciamento para um estado ativo, de contato e de proximidade. Nossa intenção é refletir sobre as poéticas das esculturas hiper-realistas contemporâneas em sua relação com a desconstrução da imagem corporal.
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