Corpos negros no cinema de Glauber Rocha
imagens de resistência e insurgência no enfrentamento à necropolítica
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2025.33.2.10872Palavras-chave:
Glauber Rocha, necropolítica, cinema, resistência, corpos negrosResumo
A tese de José Elenito Teixeira Morais — “Corpos negros no cinema de Glauber Rocha” — investiga a representação dos corpos negros no cinema de Glauber Rocha, com ênfase em Barravento (1962) e A Idade da Terra (1980). A problemática central buscou desvendar como Glauber articula um discurso visual crítico, elevando esses corpos de objetos de exclusão a símbolos de força e resistência cultural no cerne das contradições socioeconômicas do país. A pesquisa fundamenta-se na teoria da necropolítica de Achille Mbembe, demonstrando como Glauber expõe a sujeição histórica dos corpos negros ao controle estatal e econômico, e como os reconfigura em sujeitos insurgentes. Uma constatação crucial é a evolução temática e estética na obra glauberiana. Se em Barravento a negritude era vista como contestação à opressão, em A Idade da Terra a discussão se expande para uma dimensão universal contra o imperialismo. Observa-se uma "virada exegética", onde o sagrado — inicialmente criticado como "ópio das massas" — é incorporado como pilar da revolução. O estudo contribui ao preencher uma lacuna na crítica sobre a representação da negritude em A Idade da Terra. Projeta-se a importância de aprofundar a discussão sobre a descolonização teórica, buscando uma perspectiva mais autêntica e autônoma na representação dos corpos negros.
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Referências
MORAIS, José Elenito Teixeira. Corpos negros no cinema de Glauber Rocha [recurso eletrônico]. 2024. Tese (Doutorado em Artes) – Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Orientador: Rafael Conde de Resende.
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