REFLEXÕES SOBRE O AGIR COMO FILOSOFAR
DOI :
https://doi.org/10.33871/19805071.2022.26.1.6904Mots-clés :
performance, arte, particulares básicos, filosofia, ação, Allan KaprowRésumé
No presente artigo analiso trechos do texto A Educação do Não-Artista - Parte 1 (1971), de Allan Kaprow, no qual o artista apresenta quatro senhas para refletir sobre a arte de seu tempo, sendo elas: a não-arte, a antiarte a arte Arte e a an-arte, e seus modos de relação com a sociedade, com as instituições e os “formatos sagrados”, transmitidos nas tradições. Dentre os vários pontos destacados da obra de Kaprow, reflito sobre a importância do seu papel como artista-pensador para a minha pesquisa, levantando a premissa de um agir artístico como um filosofar. Em seguida, apresento uma discussão sobre a obra Quando dizer é fazer: palavras e ação (1990) do filósofo J. L. Austin e a rede conceitual da ação do filósofo francês Paul Ricoeur para introduzir as duas perspectivas de um agir-filosofar dentro de minhas proposições no campo da performance arte, sendo elas intituladas Comentários e Pequenos Tratados. Proponho, também, os particulares básicos da performance arte como uma ferramenta conceitual que possibilite a abordagem individual de cada obra. Concluo com uma reflexão sobre o conceito de tradição em Paul Ricoeur de modo a ponderar sobre as contribuições do artista-pensador Kaprow para a minha pesquisa.
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