Soy artificial de Brasil
da necessidade de uma estética de combate ao homonacionalismo
DOI :
https://doi.org/10.33871/19805071.2025.33.2.11060Mots-clés :
transgeneridades, migração, pós pornografia, DRAGRésumé
Este artigo tem como objetivo aprofundar a seguinte provocação: como hackear as noções coloniais de nacionalidade e gênero, que sustentam e atualizam matrizes de dominação moderno-branco-ocidentais, a partir das linguagens cênicas? A proposta parte da compreensão da transgeneridade como uma experiência de desobediência civil e ruptura com o contrato social heteropatriarcal, buscando continuar uma trajetória investigativa iniciada no meu processo de Mestrado. A noção de homonacionalismo será abordada com o intuito de assumir uma postura crítica frente às estéticas que exaltam simbologias nacionalistas e se alinham à projetos de normalização e exclusão. A intensão é elaborar uma exploração da linguagem cênica da pós-pornografia e da DRAG numa perspectiva da arte como um mecanismo de transformação social. Através dessas práticas e reflexões, pretende-se contribuir para a elaboração de estratégias que desvitalizem o poder vigente, que ainda submete as corporalidades a uma estética centrada na norma cis-hetero-colonial. Assim, o artigo se inscreve no esforço de incluir as dissidências nos contextos de investigação em arte, valorizando a potência política de experiências trans, migrantes, DRAG e pós-pornográficas como formas de reimaginar o social e o sensível.
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