Ensino-aprendizagem de cenografia e práticas colaborativas em teatro

uma abordagem sob o olhar da complexidade

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.33871/19805071.2025.33.2.11044

Mots-clés :

Cenografia, Complexidade, Aprendizagem Colaborativa, Processos Colaborativos

Résumé

Este artigo propõe uma reflexão sobre o ensino de cenografia a partir do Paradigma da Complexidade, com base nas ideias de Edgar Morin, considerando o estudante de artes cênicas como um sujeito integral, inserido em múltiplas dimensões de sua realidade. Ao reconhecer os procedimentos colaborativos dos processos criativos contemporâneos em teatro, defende-se a adoção de metodologias educacionais que valorizem a aprendizagem colaborativa, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. A pesquisa sugere que a atuação docente, alinhada ao Paradigma da Complexidade, deve ir além da transmissão de conteúdos, incorporando estratégias que integrem teoria e prática, e promovam o desenvolvimento de competências essenciais ao profissional da cenografia, como comunicação, flexibilidade e trabalho em equipe, através da colaboração entre os pares, sem hierarquias pré-estabelecidas. Parte-se do reconhecimento de que os sistemas educacionais e os processos criativos teatrais são, por natureza, complexos, exigindo abordagens que integrem múltiplas perspectivas, saberes e experiências. Assim, este artigo busca fundamentar a construção futura de uma proposta metodológica baseada em projetos colaborativos, especificamente voltada ao ensino de Cenografia no ensino superior.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Paulo Vinícius Alves, UNESPAR - FAP - Campus Curitiba II

Doutor em Educação pela PUCPR, desenvolveu a pesquisa "A Aprendizagem Colaborativa e a relação ensino-aprendizagem de Cenografia no ensino superior" (2024) - Mestre em Filosofia pela PUCPR, desenvolveu a pesquisa "O Espaço Relacional: A expansão do conceito de espaço cênico a partir da obra de Merleau-Ponty" (2019). Especialista em Cenografia pela UTFPR (2014). Graduado no curso de Bacharelado em Artes Cênicas da UNESPAR / FAP (2008) e graduado no curso de Licenciatura em Filosofia pela UNESP (1998). Atualmente é professor na UNESPAR - FAP, ministrando as disciplinas de Design Cênico, Cenografia e Adereços. É artista, cenógrafo, figurinista e diretor de arte. Tem experiência em Teatro e Cinema com ênfase nos elementos espaciais e visuais da cena. Atualiza seu portfólio no endereço eletrônico www.figurinoecena.ato.br

Currí­culo lattes - http://lattes.cnpq.br/0117489287872118

Références

ABREU, Luís A. de. Processo Colaborativo: Relato e Reflexões sobre uma Experiência de Criação. In: Revista de relatos, reflexões e teoria teatral – vol. 1. Santo André: Cadernos da Escola Livre de Teatro, 2003.

ALVES, Paulo Vinícius. O Espaço Relacional: a expansão do conceito de espaço cênico a partir da obra de Merleau-Ponty. Dissertação de Mestrado em Filosofia. Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, 2019.

ARAÚJO, Antonio. O processo colaborativo como modo de criação. In: Olhar: Revista da Escola Superior de Artes Célia Helena. N1, p. 49-51 São Paulo: ESCH, 2009.

ARAÚJO, Antonio; FERNANDES, Silvia. Teatro da Vertigem. Rio de Janeiro: Cobogó, 2018.

ARAUJO, Sueli. Processos: apontamentos iniciais. In: MORAES, M. ARAUJO, S. (Org.) Antígona: reduzida e ampliada. Curitiba: CiaSenhas de Teatro, 2007.

BEHRENS, Marilda Aparecida. Paradigma da complexidade: Metodologia de projetos, contratos didáticos e portifólios. Petrópolis: Vozes, 2006.

BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 5ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2013.

BRANDÃO, Zaia (Org.). A crise dos paradigmas e a educação. São Paulo: Cortez Editora, 2007

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: Ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2002.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. 5ª edição. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro / São Paulo: Paz e Terra, 2020.São Paulo: Cultrix, 2010.

CARREIRA, André. Teatro de grupo e a noção de coletivo criativo. In: VI Congresso da ABRACE. v. 11 n. 1 – Campinas: UNICAMP, 2010.

FISCHER, Stela. Processo Colaborativo e experiências de companhias teatrais brasileiras. São Paulo: Hucitec, 2010.

FORJAZ, Cibele. O papel do Encenador: das vanguardas modernas ao processo colaborativo: notas rápidas sobre a função do diretor no teatro. In: Revista Subtexto: Revista de teatro do Galpão Cine Horto. V. 12, nº 11, p. 20-32. Belo Horizonte: CPMT, 2015.

HOWARD, Pamela. O que é cenografia? Trad. de Carlos Szak. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2015.

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. Tradução de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. 7ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

LEITE, Janaina. Cadê o dramaturgo? In: Hysteria. São Paulo: Grupo XIX de Teatro, 2006.

LUCIANI, NÁDIA M. Iluminação Cênica: A performatividade da luz como elo entre a cena e o espectador. Tese (Doutorado) São Paulo: ECA/USP, 2020.

MACHADO, Neto. Dramaturgias do jogo. In: MORAES, M. ARAUJO, S. (Org.) Antígona: reduzida e ampliada. Curitiba: CiaSenhas de Teatro, 2007.

MARQUES, Luiz F. A arte do encontro. In: Hysteria. São Paulo: Grupo XIX de Teatro, 2006.

MORIN, Edgar. Epistemologia da complexidade. In: SCHNITMAN, D. F. (Org.) Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p.274-289.

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2015.

MORIN, Edgar. É hora de mudarmos de via: as lições do coronavírus. Colaboração de Sabah Abouesslam. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2020.

MORRIS, T. E se Aristóteles dirigisse a General Motors? - a nova alma das organizações. Trad. Ana Beatriz Rodrigues; Priscilla Martins Celeste. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

NICOLETE, A. Criação coletiva e processo colaborativo: algumas semelhanças e diferenças no trabalho dramatúrgico. In: Sala Preta, [S. l.], v. 2, p. 318-325, 2002. DOI: 10.11606/issn.2238-3867.v2i0p318-325. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ salapreta/article/view/57109. Acesso em: 8 junho. 2025.

NENEVÊ, Olga. As imagens. In: GIACOMINI, E. NENEVÊ, O. (Org.) As imagens, a cena teatral e as transformações do real: Processo criativo do Grupo Obragem Teatro e Cia. Curitiba: Obragem Teatro e Cia, 2008.

OLIVEIRA, Sandra. Modos de ser estudante e as pedagogias ativas: autonomia e aprendizagem na experiência do indivíduo livre. In: DEBALDI, B. (Org). Metodologias ativas no ensino superior: o protagonismo do aluno. Porto Alegre: Penso, 2020.

POPPER, K. R. A Lógica da Pesquisa Científica. Karl R. Popper: tradução Leonidas Hegenberg, Octanny Silveira da Mota. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 2013.

REBOUÇAS, Renato B. Vivências possíveis – Espaço e processos de criação. In: Hygiene. São Paulo: Grupo XIX de Teatro, 2006.

SERRANO, Rosario Mérida. Consensual Concept Maps in Early Childhood Education. In: MARRIOTT, Rita de Cássia Veiga; TORRES, Patrícia Lupion (Eds.). Handbook of Research on Collaborative Learning using Concept Mapping. Hershey, PA: Information Science Reference, 2010.

SILVA, Amabilis de Jesus. Figurinos: vetores de transformações. In: NETO, Walter L. Torres (Org). Modernidade em Cena: 50 anos de teatro em Curitiba. Curitiba: Kotter Editorial, 2022.

TOSCANO, A. Aspectos da criação teatral colaborativa – experiências articuladas com a obra dramatúrgica de Georg Büchner: devoração da cobaia WoyZÉck – um experimento-máquina, de 2010, e Eu-Büchner, de 2013. PARALAXE, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 19–31, 2016. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/ view/30534. Acesso em: 8 jun. 2025.

VASCONCELOS, Maria José Esteves de. Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. 2ed. Campinas, SP: Papirus, 2003.

Téléchargements

Publiée

2025-12-17

Comment citer

ALVES, Paulo Vinícius. Ensino-aprendizagem de cenografia e práticas colaborativas em teatro: uma abordagem sob o olhar da complexidade. Revista Cientí­fica/FAP, Curitiba, v. 33, n. 2, p. 490–516, 2025. DOI: 10.33871/19805071.2025.33.2.11044. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/revistacientifica/article/view/11044. Acesso em: 18 déc. 2025.