Quais museus deixaram o jogo?

revisitando jogos digitais produzidos por museus de arte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2024.31.2.9546

Palavras-chave:

jogos digitais, experiência artística, museu de arte, web

Resumo

O artigo examina museus de arte que produzem jogos digitais a partir de obras do seu acervo. Discute os motivos e caminhos pelos quais certos museus adentraram o universo dos jogos digitais, há cerca de vinte anos, e se seguem interessados nesse tipo de mídia interativa. Para tanto, foi realizada uma pesquisa que: primeiramente, retomou o mapeamento de jogos online de museus de arte, feito em 2004-2005; depois, revisitou esses sites em 2024 para identificar quais jogos permanecem ativos e se há novos jogos produzidos por essas instituições. Utilizando uma abordagem qualitativa, considerou-se especificidades do contexto museal, do conhecimento artístico e do game design desses jogos. O artigo conclui sumarizando os dados coletados e discutindo as mudanças de interesse desses museus de arte por jogos digitais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Beatriz Bahia, universidade Federal do Rio Grande do Norte

Ana Beatriz BAHIA é Licenciada em Artes Visuais, Bacharel em Artes Plásticas (UDESC) e Doutora em Educação (UFSC). Há duas décadas, atua na Formação de Professores e em Projetos da Educação voltados a diferentes públicos e contextos institucionais, explorando tecnologias digitais e a Cultura Lúdica. Em 2000, cofundou o estúdio Casthaliaum dos pioneiros no desenvolvimento de games no Brasil, onde dirigiu a criação de jogos educativos selecionados para festivais (GameCultura, SBGames e FILE), reconhecidos como inovadores (INPI), implantados em escolas públicas e recomendados pelo Ministério da Educação (Guias de Tecnologias Educacionais, SEB/MEC), abrangendo temáticas como arte (A mansão de Quelícera, Casthalia), biodiversidade (Mata Atlântica: o bioma onde eumoro, UFSC), qualidade de vida (Nutrição em Jogo, SESI-SC) e infância (Caixa de Brinquedos, Museu da Infância/UNESC). Em 2011, foi contemplada com bolsa DTI/CNPq. Para Formação de Professores, já atuou com ensino presencial e EaD, em licenciaturas (UNIPLAC, UDESC), pós-graduaçãoacadêmica (UNISUL) e profissional (IFSC), além de extensão e em museus. De 2020 a 2023, coordenou o desenvolvimento de cursos para implantação de políticas públicas da Setec/MEC: o Programa Mentoria para a Educação Profissional (IFES), premiado com o Selo Moderniza Brasil Gov.br; e o Curso de Aperfeiçoamento Oficinas do Re-Saber (IFSC). Atualmente, na UFRN, integra o corpo docente do Mestrado ProfArtes. Possui livros e artigos publicados no Brasil e internacionalmente: https://independent.academia.edu/anabahia

Referências

ANTONELLI, P., GALLOWAY, P.. When Video Games Came to the Museum. 2022. MoMA. Disponível em: https://www.moma.org/magazine/articles/798.

BAHIA, A. B.. Jogando Arte na Web: Educação em Museus Virtuais. 2008. Tese (Doutorado em Educação) – CED, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

BAHIA, A. B.. Do quadro ao jogo de fruição: Bosch Adventure Game. In: Revista Palíndromo, v. 6, n. 12. Florianópolis: UDESC, 2014.

BAHIA , A. B.. Art Flash Games: Crônica de uma Morte Anunciada. TROPOS: Comunicação, Sociedade e Cultura, v.10, n.2, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/4981. Acesso em: 9 nov. 2024.

BAHIA, A. B.. Game design at the art museum: The Nubla case of educathyssen: . Herança, v.6, n.1, p. 199–214, 2023. Disponível em: https://revistaheranca.com/index.php/heranca/article/view/681. Acesso em: 9 nov. 2024.

BENJAMIN, W.. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica In: LIMA, L. C.. Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

BROWNE, P.. Breaking New Ground: Indie Community, Flash, and Newgrounds.com. In DIGRA, n 2, v 13, Ago. 2016.

CHANG-YI, S. Z., WALDORF, S.. How to Build an Art Museum in Animal Crossing. 2022. Getty. Disponível em www.getty.edu/news/how-to-build-an-art-museum-in-animal-crossing.

CRIMP, D.. Sobre as ruínas do museu. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

EDUCATHYSSEN. Videojuegos, el décimo arte. 2023. Disponível em: www.educathyssen.org/programas-publicos/nubla/videojuegos-decimo-arte.

FERRERAS, R.. Museos y videojuegos. 2017. Disponível em: youtu.be/xFjaG47buNI.

FLANAGAN, M.. Critical Play: Radical Game Design. Cambridge: MIT Press, 2009.

GADAMER, H. G.. La actualidad de lo bello. Barcelona: Paidós, 1996.

GONZÁLEZ, A. G.. Nubla: Resumen de la actividad/proyecto educativo. 2018. Disponível em: https://imagenes.educathyssen.org/sites/default/files/document/2018-08.

HOOPER-GREENHILL, E.. Los museos y sus visitants. Madri: Trea, 1998.

MALRAUX, A.. O museu imaginário. Lisboa: Edições 70, 2000.

MANOVICH, L.. El lenguaje de los nuevos médios de comunicación: la imagen en la era digital. Buenos Aires: Paidós, 2006.

MANOVICH, L.. Generation Flash. Whitneybiennial. 2002. Disponível www.manetas.com/eo/wb/files/theories.htm

MARTIN-BARBERO, J.. De los medios a las mediaciones: comunicación, cultura y hegemonía. México: Gustavo Gili, 1987.

MARTIN-BARBERO, J.. Dislocaciones del tiempo y nuevas topografias de la memória. In HOLANDA, H.; RESENDE, B. (Ed.). Artelatina. Rio de Janeiro: Aeroplano e MAM-RJ, 2000.

PLAYSTATION. ‘El Mundo de Nubla’ supera las 20.000 unidades vendidas. 2017. Disponível em: https://blog.es.playstation.com/2017/10/26/.

PRADO. El Museo del Prado en Animal Crossing. Disponível em: www.museodelprado.es/recurso/el-museo-del-prado-en-animal-crossing.

SALTER, A., MURRAY, J.. Flash: Building the Interactive Web. Cambridge: MIT Press, 2014.

SCHELL, J.. The Art of Game Design. Boca Raton: CRC Press, 2008.

SICART, M.. The Beautiful Rule: Thinking the Aesthetics of Game Rules. Games and Culture, 18(7), p. 889-906. 2023.

SLOVIN, R.. Hot Circuits: Reflections on the first museum retrospective of the video arcade game. 2009. Disponível em: www.movingimagesource.us/articles/hot-circuits-20090115.

YOUNG, C. J.. Game changers: everyday gamemakers and the development of the video game industry. 2018. Tese (Doutorado em Filosofia) – Faculty of Information, University of Toronto, Canadá, 2018.

Downloads

Publicado

2024-12-18

Como Citar

BAHIA, Ana Beatriz. Quais museus deixaram o jogo? revisitando jogos digitais produzidos por museus de arte. Revista Cientí­fica/FAP, Curitiba, v. 31, n. 2, p. 177–207, 2024. DOI: 10.33871/19805071.2024.31.2.9546. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/revistacientifica/article/view/9546. Acesso em: 14 jun. 2025.

Edição

v. 31 n. 2 (2024): A arte dos videogames: provocações estéticas, intermidiais e interseccionais

Seção

Dossiê Temático

Licença

Os autores detém os direitos autorais, ao licenciar sua produção na RevistaCientí­fica/FAP, que está licenciada sob uma licença Creative Commons. Ao enviar o artigo, e mediante o aceite, o autor cede seus direitos autorais para a publicação na referida revista.

Os leitores podem transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na revista, desde que haja sempre menção explí­cita ao(s) autor (es) e à Revista Cientí­fica/FAP não sendo permitida qualquer alteração no trabalho original. Ao submeter um artigo à Revista Cientí­fica/FAP e após seu aceite para publicação os autores permitem, sem remuneração, passar os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira edição e a autorização para que a equipe editorial repasse, conforme seu julgamento, esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência.