A fruição sinestésica entre a percepção e a poética
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2022.27.2.6984Palavras-chave:
Sinestesia, Percepção, Mediação, Processo Criativo, Fruição SinestésicaResumo
Neste artigo pretende-se apresentar um método de mediação artística, chamado de fruição sinestésica, que parte do conceito de sinestesia, ou seja, a dupla percepção atípica de um único estimulo. A pesquisa é esboçada sobre a associação sensorial, conceitual e afetiva da percepção e da imaginação, que são únicas e subjetivas de cada ser humano. Este estudo referencia-se nas investigações das autoras Fayga Ostrower (1987) e de Rosangella Leote (2015) sobre processo criativo e a percepção, abordando a obra de arte, o artista, o fruidor e suas relações pelo viés da sinestesia. E para elucidar a fruição sinestésica, realiza-se breves análises das obras “Cello Suite No. 1 – Bach” (2016), de Melissa McCracken (1990), e “J.S. Bach, Sonata nº 1” (1988), de Sergius Erdelyi (1919-2015). Visto que os espaços expositivos tradicionais são, muitas vezes, exclusivos, almeja-se também, ressaltar as possibilidades inclusivas deste procedimento, compreendendo o potencial das diferenças físicas, mentais, cognitivas e sensorial entre os indivíduos.
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