METÁFORA DOS TEMPOS: PINTURA E VIOLÊNCIA A PARTIR DE UMA OBRA DE CARLOS ZÍLIO

Autores

  • Artur Freitas

DOI:

https://doi.org/10.33871/19805071.2007.2.1.1729

Resumo

Ao entender, em 1967, a contestação artí­stica frente ao regime militar comoum gesto polí­tico ineficaz, Carlos Zí­lio, um artista plástico então atuante nas vanguardasbrasileiras, acaba por abandonar momentaneamente sua produção artí­stica em favor damilitância. Na seqüência dos acontecimentos, já em 1970, e agora atuando pelo grupo
armado Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), Zí­lio é baleado e preso pelosmilitares. Na saí­da da prisão, depois de mais de dois anos passados nos quartéis doexército, o artista, conforme suas palavras, é "abruptamente jogado no milagre brasileiro" ,onde percebe que tanto os ideais polí­ticos quanto os estéticos de sua geração precisam serrevistos. A obra Ferro fere, de Carlos Zí­lio, premiada no Salão Paranaense de 1973, aoguardar as marcas estéticas e históricas desse novo momento, servirá aqui à interpretaçãoartí­stica e polí­tica não só de um caso limite, que é o de Zí­lio, mas de uma reconfiguraçãosimbólica maior, necessária à compreensão do perí­odo.


PALAVRAS-CHAVE: arte e polí­tica; Carlos Zí­lio; história da arte; arte brasileira

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Publicado

2007-12-01

Como Citar

FREITAS, Artur. METÁFORA DOS TEMPOS: PINTURA E VIOLÊNCIA A PARTIR DE UMA OBRA DE CARLOS ZÍLIO. Revista Científica/FAP, Curitiba, v. 2, n. 1, 2007. DOI: 10.33871/19805071.2007.2.1.1729. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/revistacientifica/article/view/1729. Acesso em: 7 nov. 2024.