Da etnoficção segundo Jean Rouch: contribuições do processo criativo do cineasta para o pensamento e a prática do documentário
DOI:
https://doi.org/10.33871/19805071.2015.12.1.1411Resumo
Ao longo de pouco mais de meio século de atividades vinculadas, sobretudo ao campo da antropologia, Jean Rouch produziu uma obra não apenas extensa como difícil de ser classificada, com filmes cuja circulação quase sempre se viu restrita aos festivais de filmes etnográficos, mas que se tornou especialmente reconhecida a partir de um pequeno conjunto de títulos caracterizado, em sua maioria, sob a etiqueta da etnoficção. Termo cunhado provavelmente no seio da crítica cinematográfica (Sjöberg 2009), a etnoficção tem sido apropriada por diferentes autores dedicados ao estudo da filmografia rouchiana, funcionando como uma espécie de categoria intuitiva para designar todos os filmes do cineasta que se julga não caberem muito bem seja sob a rubrica do "filme etnográfico" seja sob a do "filme de ficção" . Segundo a posição a ser defendida nesse artigo ela reflete a posição igualmente ambígua que foi ocupada por Jean Rouch no campo do cinema, a qual permitiu ao cineasta tensionar os limites da prática documentária em um contexto favorável à constituição de seu nome como um paradigma. A despeito da pouca discussão teórica sobre sua especificidade, essa produção etnoficcional coloca, ainda hoje, problemas latentes para a prática e reflexão sobre o cinema documentário.
Palavras-chave: Cinema documentário. Etnoficção. Autoria.
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