De las aldeas a las pantallas: Cine Indígena como camino para la implementación de la Ley n. 11.645/2008

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33871/nupem.2025.17.42.10446

Palabras clave:

Cinema Indígena, Lei n. 11.645/2008, educação antirracista, contracolonialismo, povos indígenas

Resumen

El artículo analiza el Cine Indígena como herramienta pedagógica para la implementación de la Ley n. 11.645/2008, que hace obligatoria la enseñanza de la historia y la cultura indígena y afrobrasileña en la Educación Básica. Basándose en autores indígenas y no indígenas, el estudio discute la ruptura con la hegemonía del conocimiento y la construcción de una educación antirracista. Se argumenta que el Cine Indígena, al promover la autorrepre-sentación, deconstruye estereotipos y valoriza las epistemologías indígenas en el ámbito escolar. Se abordan los desafíos de la aplicación de la ley, como la falta de materiales didácticos y la necesidad de formación docente específica. El texto destaca ejemplos de cineastas y colectivos indígenas, mostrando cómo sus producciones pueden integrarse al currículo para ampliar la comprensión de las culturas indígenas contemporáneas. Se concluye que el Cine Indígena fortalece la identidad y la memoria de los pueblos originarios, constituyéndose como una base esencial para una educación crítica, plural y contracolonial.

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Publicado

2025-12-01

Número

Sección

Dossiê: Diferenças, identidades e deslocamentos na contemporaneidade: perspectivas interdisciplinares