Inmigrantes versus afrodescendientes: contraste entre las medidas de asimilación de extranjeros y la integración de los trabajadores negros en las administraciones de Getúlio Vargas

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DOI:

https://doi.org/10.33871/nupem.2025.17.42.10409

Palabras clave:

Inmigración, cuestión racial, nacionalidad

Resumen

En la década de 1940 surgieron discursos orientados a superar las diferencias de clase y la diversidad étnico-racial con el fin de construir una imagen homogénea del nuevo trabajador nacional. A partir de una investigación documental y exploratoria, y centrándose en la legislación y en los discursos de los agentes involucrados, este artículo analiza cómo el proyecto de elaboración de un modelo de trabajador durante las administraciones de Getúlio Vargas afectó a los trabajadores extranjeros y a los trabajadores negros. Se examinan los rasgos distintivos atribuidos a las categorías inmigrante y colono, así como las medidas nacionalistas adoptadas para su aculturación y asimilación. Se concluye que las políticas públicas tuvieron éxito en la inserción de trabajadores extranjeros en los campos sociales nacionales. Sin embargo, a pesar del discurso laboral del Estado Novo, la exclusión de los afrobrasileños persistió, lo que hizo necesario recurrir a políticas de acción afirmativa para reducir las desigualdades derivadas de la discriminación racial.

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Publicado

2025-12-01

Número

Sección

Dossiê: Diferenças, identidades e deslocamentos na contemporaneidade: perspectivas interdisciplinares