O discurso da identidade e os ritos angolanos em “Maka na Sanzala”, de Uanhenga Xitu
DOI:
https://doi.org/10.33871/nupem.2022.14.31.45-57Palavras-chave:
Angolanidade, Ritos angolanos, Literatura e sociedade, Imaginário culturalResumo
Este estudo propõe-se a interpretar as relações entre a literatura e o seu condicionamento social em “Maka na Sanzala”, de Uanhenga Xitu. À luz de uma análise de orientação sócio-antropológica, foi possível compreender que “Maka na Sanzala”, ao mesmo tempo que proporciona uma leitura de cunho intimista, integra em sua estrutura as formas com que os valores culturais e tradicionais interferem no raciocínio das personagens e na ação narrativa. Para mostrar as imbricações entre texto e contexto, recorremos ao método analítico-descritivo assegurado pela análise sociológica de António Cândido. A desconstrução dos elementos tradicionais e identitários de natureza ritualística constituiu a principal preocupação deste trabalho. Essa forneceu as bases para aferir que o universo mítico dos contos de Uanhenga Xitu procura restituir a identidade cultural angolana.
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