O suicídio indígena Guarani-Kaiowá no antropoceno: solastalgia e schlammbugrismo
DOI:
https://doi.org/10.33871/nupem.2021.13.29.224-256Palavras-chave:
Solastalgia, Guarani-Kaiowá, Prevenção do suicídio, Contrato natural, PerspectivismoResumo
Partindo da discussão sobre o antropoceno, o trabalho busca apresentar um panorama contemporâneo da prevenção do suicídio, destacando sociedades tradicionais, especialmente os Guarani-Kaiowá. A enorme pressão, confronto e luta com a cultura ocidental europeia dos colonizadores é constitutiva da situação. A proposta de um contrato natural na filosofia de Michel Serres e o advento de conceitos como a solastalgia permitem estender a com-preensão de saúde mental até objetos e animais. Considerando novos aspectos no estudo do suicídio nestas sociedades, a contribuição etnológica se mostra imprescindível, especialmente no senti-do da tradução de experiências. Duas vertentes são exploradas: a questão do pertencimento a terra e ao espaço cosmológico da aldeia e da casa, onde podemos situar as questões ecológicas contemporâneas; e a relação com o branco, em sua gama de questões políticas, incluindo a ciência. Ambas que fazem da experiência indígena algo especial e promissor a partir do xamanismo e do perspectivismo ameríndio.
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