O tornar-se arte do público. A obra, a massa e a mídia depois da sociedade do espetáculo
DOI:
https://doi.org/10.33871/nupem.v7i13.267Resumo
O princípio moderno da criação – seja artística, produtiva ou espetacular – reside na separação entre o indivíduo e a matéria; dito de outra forma, entre o público e a obra. Isso impõe, de um lado, o sacrifício do trabalhador em nome do objeto, e, de outra, a reverência ou a subordinação do público diante do espetáculo, mesmo na sua versão entertainment. A obra surge aqui como resultado de alienação da massa trabalhadora ou como a incorporação do público no interior desse cenário. Se não existe mercadoria sem o apagamento do operário, também existe o espetáculo sem uma espécie de aniquilamento do espectador. A criação da obra corresponde, pois, ao desaparecimento do sujeito no seio do dispositivo material e imaterial, ao seu esboroamento. Ao contrário, a cultura digital, epifenômeno do imaginário contemporâneo, tende a abolir a separação que acabamos de escrever. Como? Com quais resultados? O que se tornou a obra de arte à época de sua reprodutibilidade digital?
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