A “muralha viva” da tragédia grega: o coro e as suas sutilezas
DOI:
https://doi.org/10.33871/nupem.v2i3.40Resumo
O coro na tragédia grega consistia, de maneira geral, de um número de cantores e dançarinos que fazia sua entrada no palco logo após o prólogo da peça, lá permanecendo até o final do espetáculo, com o propósito de cantar as odes que separavam as partes da tragédia. Um estudo mais aprofundado desse expediente trágico, no entanto, nos revela um organismo vivo, dinâmico e complexo, cujas funções em muito ultrapassam esse aspecto meramente técnico. Neste artigo revisamos o modus operandi e as funções do coro na tragédia grega, fazendo uso de excertos de textos trágicos para esclarecer esses aspectos. Concluímos que os papeis do coro são variados e sutis, seja ampliando o apelo sensorial da peça com ritmo, música e dança, comentando a trama, facilitando a compreensão, encorajando a catarse, perpetuando a moral e as tradições ou até mesmo funcionando como elemento metarreferente ou mediador entre o público e os atores, entre outras de suas funções.
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