MIKHAIL TCHÉKHOV – DO DIÁLOGO COM A ANTROPOSOFIA A UMA TEATRALIDADE DO INTANGÍVEL

from dialogue with Anthroposophy to a theatricality of the Intangible

Autores

  • Natacha Dias UNESPAR/UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.33871/21750769.2024.18.1.7393

Palavras-chave:

Imaginação; Antroposofia; Teatralidade.

Resumo

O presente  artigo analisa o modo como o ator, diretor e pedagogo teatral russo Mikhail Tchekhov (1891-1955) desenvolveu sua abordagem teatral da imaginação a partir de um diálogo com a Antroposofia, ciência espiritual fundada por Rudolf Steiner no início do século. Conhecido com o mais brilhante discípulo de Konstantin Stanislávski, Mikhail Tchekhov foi obrigado a se auto exilar, em 1928, ao se descobrir investigado por associações com essa importante corrente esotérica, proibida na Rússia a partir de 1923. Pelo mesmo motivo, sua obra seria censurada em seu país natal até o final dos anos oitenta. O artigo demonstra o modo como a perspectiva antimaterialista e não determinista da Antroposofia comporá, em Tchekhov, uma pedagogia capaz de explorar objetivamente os fenômenos suprassensíveis da cena. Por fim, transpondo a reflexão sobre a formação e do treinamento teatral, busca-se demonstrar que tal legado antecipa aspectos de uma teatralidade performativa e transcendente, conforme noções utilizadas por Fischer-Lichte e J. Féral, a compor uma visão do teatro como fenômeno que dá a ver o intangível.

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Biografia do Autor

Natacha Dias, UNESPAR/UNICAMP

Natacha Dias é atriz e diretora. Bacharel e Mestre pela Universidade de São Paulo, atualmente é doutoranda no Programa de Artes da Cena da UNICAMP, tendo realizado estágio-sanduíche na Université Paris 8 (França). É professora colaboradora do curso de Licenciatura em Teatro da UNESPAR. Link para currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/6523629861512842.

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Publicado

25-06-2024

Como Citar

Dias, N. (2024). MIKHAIL TCHÉKHOV – DO DIÁLOGO COM A ANTROPOSOFIA A UMA TEATRALIDADE DO INTANGÍVEL : from dialogue with Anthroposophy to a theatricality of the Intangible. O Mosaico, 18(1), 1–14. https://doi.org/10.33871/21750769.2024.18.1.7393