DE FEBRE DO RATO A BOLSONARO: CORPOS DESNUDOS VERSUS O AUTORITARISMO FARDADO
DOI:
https://doi.org/10.33871/21750769.2021.13.3.4192Resumen
Com base na premissa do teórico alemão Siegfried Kracauer, na obra From Caligari to Hitler (1947), de que os filmes são capazes de refletir a mentalidade de uma nação e seus mecanismos mais ocultos, este artigo busca propor a hipótese de que o terceiro longa-metragem do diretor pernambucano Cláudio Assis, Febre do Rato (2011), a partir de sua temática visual e sua construção narrativa, antecipou as jornadas de junho de 2013, a reação violenta às manifestações por parte da polícia e o surgimento do bolsonarismo como força política a partir da confluência de fatores sociais, políticos e econômicos. Além disso, busca fazer uma leitura do filme a partir da representação dos corpos despidos como resistência ao crescente autoritarismo das instituições e ao conservadorismo da sociedade. Além da pesquisa bibliográfica, este trabalho utiliza como metodologia a análise do filme segundo Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété (2011). Ao longo de nossa pesquisa constatamos que Febre do Rato, ao exibir elementos que iriam marcar os anos posteriores à sua estreia, como as manifestações de cunho apartidário, a crescente militarização dos espaços urbanos e a violência policial, deixou entrever o surgimento do sentimento antipolítica no bojo da sociedade e a ascensão da extrema-direita nas eleições de 2018.
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