Visualidades camponesas:
um ensaio visual sobre o cuidar e o imaginar
DOI:
https://doi.org/10.33871/21750769.2025.21.2.10811Palabras clave:
Visualidades camponesas, Ações estético-educativas, Assentamento Zumbi dos Palmares (RJ), Luta pela terraResumen
O chão marcado por sulcos feitos pela enxada sugere o cuidado e a imaginação camponesa no trabalho com a terra. Inspirado pela lida no campo, este ensaio visual propõe apresentar parte da vida e do que emerge do cotidiano rural. O conjunto de imagens deriva de uma investigação de doutorado realizada no assentamento Zumbi dos Palmares (RJ) entre 2020 e 2025. Em forma de still, é consequência de vídeos partilhados por um dos assentados e participante da investigação, cuja voz, gestos e imagens revelam técnicas, poéticas e práticas laborais que evidenciam o conhecimento e a inteligência do trabalhador. Sua contribuição é um fragmento das inúmeras imagens que compõem a pesquisa, empreendida a partir de uma metodologia participativa e em diálogo com estudos da Cultura Visual, do Ensino e das Espacialidades. Desse modo, a convivência com assentadas e assentados da reforma agrária permitiu elaborar o conceito de visualidades camponesas, as quais, enquanto ações estético-educativas, brotam da vida no campo, anunciam sonhos e denunciam desigualdades. Nessa trilha, a sequência de imagens integra os resultados da investigação e, além disso, afirma uma práxis visual popular e apropriada do campo como território de formação e reexistência. Elas sugerem entendimentos da fatura sobre o chão do assentamento enquanto ação poética, estética e educativa. Assim, o ensaio desafia olhares hegemônicos sobre o rural e propõe uma visualidade comprometida com a valorização da cultura camponesa, a justiça social e a dignidade da vida.
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