O EU COMO PRODUTO IDEOLÓGICO

BAKHTIN APLICADO

Autores

  • Ricardo Epifanio PUC-PR
  • Bruna Torquato Faculdade de Artes do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.33871/21750769.2023.16.1.7569

Palavras-chave:

Esoterismo, Arte, Individuação, Expressão, Dialética

Resumo

Neste artigo, usamos as formulações semióticas e estéticas desenvolvidas por Bakhtin, principalmente nas suas obras Marxismo e Filosofia da Linguagem e Estética da Criação Verbal, para analisarmos qual a função tanto da arte quanto do esoterismo no que diz respeito a criação de si. Ou seja, buscamos compreender como esses dois domínios de criação ideológica ensejam a criação de si, vista como um processo artístico de produção e reprodução. Para tanto, lançamos mão de dois autores, cada um considerado sob o seu domínio ideológico correspondente. Na arte, escolhemos Marcel Proust, autor de Em Busca do Tempo Perdido. No esoterismo, Carl Gustav Jung, em razão da recente publicação de seu (até então privado) Livro Vermelho ou Liber Novus, o livro no qual ele registrava suas auto experimentações. Aplicamos as elaborações teóricas de Bakhtin em ambos, de modo a revelar a figura dessa interação entre o eu e o mundo enquanto um processo de produção semiótica. Mais especificamente, procuramos o espaço no qual é possível deixar de apreender a ideologia passivamente, mas, antes, ativamente participar da história.

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Biografia do Autor

Ricardo Epifanio, PUC-PR

Graduei-me no curso de Bacharelado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, no ano de 2020, mediante elaboração de uma monografia intitulada "A Vontade de Poder em Nietzsche a partir do aforismo 36 de Além do Bem e do Mal". Durante essa pesquisa, adquiri experiência área do Idealismo Alemão (Kant, Schopenhauer) e Filosofia Alemã do século XIX (Nietzsche). Também participei de duas iniciações científicas, a saber, "A Ética Silenciosa e o Limite do Mundo de Wittgenstein" e "Fenômenos universais ou estados alterados da consciência? A Mística nas Conferências Gifford de William James", nas quais adquiri experiência com a Filosofia Analítica e com a Filosofia da Religião. Atualmente, continuo interessado em Nietzsche, em especial com o aspecto histórico-universal que caracateriza a radicalidade de suas últimas obras (Ecce homo, O Anticristo). Interesso-me também por Espinoza, e pela filosofia francesa do século XX (Deleuze, Guattari, Bataille), além de interessar-me pela experiência da estética tal como vivenciada pelo criador.

Bruna Torquato, Faculdade de Artes do Paraná

Formada em Cinema pela Faculdade de Artes do Paraná, pesquisa sobre semiótica e linguística, com ênfase no trabalho de Mikhail Bakhtin. Seu trabalho de conclusão de curso orientou-se a partir da aplicação da teoria proposta na Estética da Criação Verbal para o fim da adaptação audiovisual de uma produção literária autoral.

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Publicado

11-07-2023

Como Citar

Epifanio, R., & Torquato, B. (2023). O EU COMO PRODUTO IDEOLÓGICO: BAKHTIN APLICADO. O Mosaico, 16(1). https://doi.org/10.33871/21750769.2023.16.1.7569

Edição

Seção

Dossiê Arte e Esoterismo