“Estar em drag é um manifesto”: a performance drag queen e o gênero como posição identitária

Autores

  • Diego Ebling do Nascimento Universidade Federal do Tocantins (UFT)
  • Giuliano de Souza Andreoli Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)
  • Cristina Rolim Wolffenbüttel Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2020.9.17.261-289

Resumo

Essa pesquisa foi desenvolvida em uma casa de show noturna localizada na cidade de Porto Alegre/RS. Teve como objetivo analisar a dimensão identitária de gênero, articulada com as performances dos/as artistas drags que realizam apresentações nesse espaço. Inspirados nos recursos etnográficos, utilizamos a observação participante como caminho metodológico e o caderno de campo como principal instrumento. Partimos do referencial teórico dos Estudos de Gênero e utilizamos conceitos de Victor Turner e Pierre Bourdieu. Os resultados demonstraram que os modos de ser/estar drag visibilizam uma perfomance estética relacionada aos estilos de vida minoritários, reivindicando reconhecimento social para signos que redefinem os limites simbólicos de pertencimento de gênero, por meio da produção de um habitus drag e de um projeto de vida, relacionados às estratégias de sobrevivência em uma sociedade com normas compulsórias de gênero. E, também, que a emergência do Reality Show RuPaul Drag Race proporcionou, por um lado, uma maior aceitação das Drag Queens por um público que antes não as aceitava, mas, por outro, mudanças de posicionamento político com relação aos usos dessa estética, evidenciadas pela permanência dos preconceitos com os Travestis.

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Publicado

2020-06-05