Negociação e opressão: os sujeitos do entre-lugar em Selva Trágica

Autores

  • Lourdes Kaminski Alves Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
  • Tallyssa Izabella Machado Sirino Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

DOI:

https://doi.org/10.33871/22386084.2014.3.4.36-53

Resumo

A narrativa de “Selva Trágica” (2011), de Hernâni Donato, é situada na fronteira Brasil-Paraguai, ao sudeste do atual Mato Grosso do Sul, e, num híbrido de romance e relato, narra a saga de personagens oprimidos pela Companhia Mate Laranjeira, empresa de exploração de erva-mate, que possuía o monopólio dos ervais brasileiros e paraguaios e recrutava trabalhadores de ambos os lados da fronteira para que trabalhassem em regime semi-escravo enquanto interessasse à Companhia. Considera-se, para os fins deste estudo, que a opressão imposta suprimia também as identidades e valores nacionais das personagens, sem considerar a hibridez daquele espaço, de forma que às personagens não restava outra escolha senão negociar as diferenças e que esta negociação se dava, principalmente, por meio da linguagem. Nesse sentido, este artigo visa refletir sobre a negociação das identidades e valores culturais nacionais decorrentes da opressão sofrida pelos personagens advindos destes dois países diferentes – Brasil e Paraguai –, o que torna o espaço diegético um entre-lugar, conforme proposto por Homi Bhabha (2010).

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Publicado

2020-10-09

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo