A Declaração de Salamanca, sua influência nas políticas de inclusão escolar no Brasil após trinta anos (1994-2024)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33871/23594381.2025.23.2.10070

Resumo

Resumo: O presente artigo buscou identificar os avanços nas trajetórias das políticas públicas direcionadas à inclusão escolar das pessoas com deficiência, sob a ótica dos princípios da Declaração de Salamanca. Considera-se a relevância deste documento no cenário internacional e a sua ênfase na educação inclusiva. O presente estudo adota a abordagem teórico-metodológica do Ciclo de Políticas de Stephen Ball e Richard Bowe (1992), cujo modelo permite analisar as políticas públicas como processos complexos e dinâmicos, que se constituem em ciclos contínuos de formulação, interpretação e atuação, além de considerar as tensões e adaptações, que surgem em diferentes contextos. Para compreender as influências da Declaração de Salamanca, no Brasil, a pesquisa analisa documentos legislativos, diretrizes e relatórios institucionais relacionados à educação inclusiva, examinando o ciclo de produção das políticas públicas e a interpretação local dos princípios de inclusão. Os resultados indicam que a Declaração de Salamanca impulsionou avanços normativos importantes, no que se refere às políticas de educação inclusiva, em várias esferas do sistema educacional brasileiro. Contudo, também se observam lacunas entre a formulação e a efetivação das políticas, revelando desafios estruturais e operacionais na aplicação dos princípios inclusivos. O estudo contribui para a compreensão da evolução das políticas de inclusão no Brasil e para o debate sobre a efetividade de documentos internacionais, como instrumentos de transformação nas políticas nacionais de educação inclusiva.

Palavras-chaves: Educação Inclusiva. Educação Especial. Políticas Educacionais.

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Biografia do Autor

Dalva Maria Alves Godoy, Universidade do Estado de Santa Catarina

Graduada em Fonoaudiologia pela PUC de São Paulo (1983), Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001), Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Pós-doutorado no Instituto da Criança da Universidade do Minho – Portugal e na Universidade de Granada- Espanha (2014-2015). Professora da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Departamento de Pedagogia e Professora do Programa de Pós Graduação em Educação-PPGE-UDESC/FAED. Coordena o Laboratório PROLINGUAGEM - Grupo de estudos e pesquisas inscrito no Diretório de Pesquisa do CNPQ, que se volta para estudos de aquisição, aprendizagem e processamento da linguagem oral e escrita.

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Publicado

2025-08-29