Pesquisa em educação ambiental formal no Brasil (2004 -2013), reflexões a partir de olhares de formação biológica.
DOI:
https://doi.org/10.33871/23594381.2016.14.1.894Resumo
Desde o surgimento das ciências sociais, a influência do paradigma positivista dificultou o estabelecimento de um campo epistemológico mais apropriado para os estudos relativos ao contexto humano. Nas ciências da educação, como em outras, observa-se em um primeiro momento a tentativa de adotar os métodos das ciências naturais na pesquisa em busca de reconhecimento científico. Movimento este que vem sendo progressivamente superado, também é constatado na Educação Ambiental, tanto por possuir origem nos movimentos ecologistas como por herdar o arcabouço teórico das ciências da educação, e assim compartilhar dos mesmos problemas epistemológicos. Partindo de questionamentos que surgem da formação em ciências biológicas dos autores e de uma postura hermenêutica, procurou-se investigar o uso das diferentes abordagens epistemológicas na pesquisa em Educação Ambiental, para então buscar a participação de pesquisadores com formação na área da biologia. Em um recorte da produção relacionada à educação formal, constatou-se que os biólogos têm adotado abordagens empírico-analíticas, em detrimento a outras quem vêm se desenvolvendo no âmbito das ciências humanas. Buscando relacionar essa prática a formação destes pesquisadores, analisou-se o currículo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO). Constatou-se então que o mesmo evoluiu nos últimos anos na formação filosófica oferecida aos alunos. Mas ao realizar entrevistas com graduandos e pós-graduandos, os resultados mostram que a realidade do currículo ainda está distante da efetiva superação da mentalidade positivista do curso. Discussões relativas à formação, associadas a práticas inovadoras precisarão buscar novos caminhos.
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