Retomando algumas reflexões de Maturana sobre a educação
DOI:
https://doi.org/10.33871/23594381.2022.20.1.4383Resumo
Esse artigo busca realizar uma discussão entre as teorias neoliberais sobre a educação com as reflexões que Maturana nos traz a partir da biologia. Maturana nos surpreende ao discutir questões que aparentemente estão fora do domínio da biologia, tais como a ética, a política, a cultura e a educação. Ao que nos levaria pensar a educação a partir de premissas biológicas? Como seria possível se contrapor ao que foi naturalizado em nossa cultura, como a questão da concorrência, a partir de uma ideia biológica? Afinal, seria possível um discurso da biologia da educação? Teria algum fundamento esse tipo de discurso? Qual seria? E se partíssemos de uma ideia de que é o amor que fundamenta o social? Sua argumentação é contraintuitiva: o amor é o fundamento do social, mas nem toda convivência é social. Partiremos de duas palestras desse pensador que foram traduzidas no Brasil como Emoções e linguagem na educação e na política. Maturana insiste nessas palestras que há um fundamento emocional do social. De forma contraintuitiva, seria o amor que fundamentaria o social – o que tornaria possível a aceitação do outro na convivência mútua. Quais as consequências dessa teoria para a educação?