Retomando algumas reflexões de Maturana sobre a educação

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DOI:

https://doi.org/10.33871/23594381.2022.20.1.4383

Resumo

Esse artigo busca realizar uma discussão entre as teorias neoliberais sobre a educação com as reflexões que Maturana nos traz a partir da biologia. Maturana nos surpreende ao discutir questões que aparentemente estão fora do domí­nio da biologia, tais como a ética, a polí­tica, a cultura e a educação. Ao que nos levaria pensar a educação a partir de premissas biológicas? Como seria possí­vel se contrapor ao que foi naturalizado em nossa cultura, como a questão da concorrência, a partir de uma ideia biológica? Afinal, seria possí­vel um discurso da biologia da educação? Teria algum fundamento esse tipo de discurso? Qual seria? E se partí­ssemos de uma ideia de que é o amor que fundamenta o social? Sua argumentação é contraintuitiva: o amor é o fundamento do social, mas nem toda convivência é social. Partiremos de duas palestras desse pensador que foram traduzidas no Brasil como Emoções e linguagem na educação e na polí­tica. Maturana insiste nessas palestras que há um fundamento emocional do social. De forma contraintuitiva, seria o amor que fundamentaria o social – o que tornaria possí­vel a aceitação do outro na convivência mútua. Quais as consequências dessa teoria para a educação?

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Biografia do Autor

Ronaldo Filho Manzi, Professor do PPGE da FACMAIS

Graduado em filosofia pela Pontifí­cia Universidade Católica de Goiás (UCG, 2004) e formado em psicanálise pelo Centro de Estudos Psicanalí­ticos (CEP, 2012). Possui mestrado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 2007). Doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 2013) e pela Radboud Universiteit Nijmegen (RUN, 2013) (co-tutela). Pós-doutor em filosofia (USP, 2017) e em Psicologia Social (USP, 2019). Pós-doutorando em Educação (PUC-GO). Publicou os livros: Quand les corps s'envahissent – Merleau-Ponty face í  la psychanalyse (EUE, 2018); Memória, ato performativo e patologia do social – de permeio com a filosofia, a psicanálise e a literatura (Kotter, 2019); Complexo de Édipo em Freud e Lacan – Uma introdução í  fobia do pequeno Hans (Via Lettera, 2019); Exemplos, exceções, metáforas... – Um estudo epistemológico da psicanálise (Clube de Autores, 2019); A ordem das razões e a desconstrução - Formas de pensar a história da filosofia (Clube de Autores, 2019); Uma leitura sobre ideologia, mí­dia e educação - o que é ficção e o que é real? (Brazil Publishing, 2020); Quando os corpos se invadem - Merleau-Ponty face í  psicanálise (Brazil Publishing, 2020); "Uma fera sempre í  espreita" – o que é fantasia em Freud? (Brazil Publishing, 2020); Conversas com Husserl – Não exatamente contra, mas a partir de... (Brazil Publishing, 2021). Publicou o livro infantil O ratinho gigante (Brazil Publishing, 2021). Co-organizou os livros A filosofia após Freud (Humanitas, 2008) e Paisagens da Fenomenologia francesa (UFPR, 2011). Publicou artigos em periódicos especializados, além de diversas traduções de artigos e revisões de livros. Atua principalmente nas áreas da Filosofia da Educação, Fenomenologia francesa, Psicanálise e da Epistemologia da Psicanálise. É membro executivo do grupo de pesquisa do Laboratório de Estudos em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (USP). É membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Estudos em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise do Centro-Oeste. É membro da International Society of Psychoanalysis and Philosophy (ISPP). Artista Plástico. Psicanalista. Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação na Faculdade de Inhumas (FacMais).

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Publicado

2022-04-22