A Cartografia como Possibilidade de Pesquisa em Artes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2021.8.1.315-330

Palabras clave:

Metodologia, Cartografia, Subjetividade, Artes

Resumen

Este ensaio faz pensar a questão da cartografia, em suas formas tradicionais ou mais contemporâneas, enquanto processo metodológico especí­fico de pesquisa em artes. Rejeitando soluções instrumentais ou objetivas para os problemas, a cartografia, a partir de Gilles Deleuze, propõe uma mudança de filosofia, uma renovação do conteúdo dos mapas, espécie de contra mapeamento que articula uma lógica empí­rica de relações externas e uma prática não representativa de conhecimento.

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Biografía del autor/a

Djalma Thürler, Universidade Federal da Bahia

É membro do GT Arte y Polí­tica da CLACSO e especialista em gestão e polí­ticas culturais pela Universidade de Girona (ESP). Investigador Pleno do do CULT - Centro de Pesquisa Multidisciplinar em Cultura, da UFBA, Investigador Associado do CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura e Investigador Colaborador do ILCML - Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Universidade do Porto (Portugal). É diretor artí­stico e dramaturgo da ATeliê voadOR Teatro (http://www.atelievoadorteatro.com.br/). Possui estágio de Pós-Doutoramento em Literatura e Crí­tica Literária pela PUC São Paulo. É Professor permanente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade e Professor Associado II do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da Universidade Federal da Bahia. É Doutor em Letras com estudos nas áreas de Literatura Brasileira e Teatro (UFF), Mestre em Ciência da Arte (UFF) e Bacharel em Artes Cênicas e em Pedagogia, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO). É Vice-Coordenador do NuCuS - Núcleo de Pesquisa e Extensão em Cultura e Sexualidade (UFBA) e atual Coordenador Adjunto Acadêmico da Câmara II - Sociais e Humanidades, da Área Interdisciplinar da CAPES.

Gustavo Falabella, Universidade Federal da Bahia

Formado em Jornalismo, atua como artista de teatro e é integrante da Zona de Arte da Periferia, ZAP 18, de Belo Horizonte, desde 2002. Fez mestrado na Escola de Belas, daUFMG. Sua pesquisa estuda as relações dos lugares da cultura com seu público em territórios periféricos, tanto em Belo Horizonte como em Salvador. Aborda questões de comunicação, artes da presença (cênicas), arquitetura e geografia.

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Publicado

2021-05-25

Número

Sección

Ensaios