Uma visita à direção de arte no cinema brasileiro

Authors

  • Salete Paulina Machado Sirino Universidade Estadual do Paraná/Campus de Curitiba II
  • Tania Maria dos Santos Unespar - FAP

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.1.119-132

Keywords:

cinema, direção de arte, cinema brasileiro

Abstract

Para o cineasta Sidney Lumet (1988), os três elementos mais importantes para a criação de uma visualidade de um filme são: a câmera, a direção de arte e o guarda-roupa, os quais resultam do conceito estético definido pela direção do filme. A função de direção de arte em cinema surgiu, em 1939, no contexto hollywoodiano, quando da produção do filme E o vento levou, de Victor Fleming. No Brasil, embora o primeiro longa-metragem seja de 1908, a função de direção de arte é relativamente recente – 1980. Neste texto, num primeiro momento, promove-se uma breve retrospectiva histórica sobre os primeiros filmes brasileiros que creditam a direção de arte e, num segundo momento, contextualiza-se sobre as atribuições do departamento de arte em cinema, o qual tem como função criar e construir a atmosfera – o ambiente onde desenrolar-se-á a narrativa – por meio do trabalho técnico-artí­stico responsável pela viabilização de cenários, figurinos, adereços, etc.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Salete Paulina Machado Sirino, Universidade Estadual do Paraná/Campus de Curitiba II

Doutora e Mestre em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Especialista em Cinema e Ví­deo pela FAP. Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Artes – PPGARTES – Unespar/FAP. Lí­der do Grupo de Pesquisa Cinema e Educação Unespar/CNPq, no qual coordena a Linha de Pesquisa: Cinema brasileiro: da criação í  difusão.

Tania Maria dos Santos, Unespar - FAP

Cursa o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Artes – PPGARTES – Unespar/FAP, Especialista em História da Arte do Século XX, pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), Bacharel em Comunicação Visual pela Universidade Federal do Paraná, Bacharel em Pintura e Licenciatura em Desenho pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Atua como professora de Artes – QPM – da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

References

BARNWELL, Jane. Fundamentos de Produção Cinematográfica. Porto Alegre: Bookman, 2013.

BOUILLET, Rodrigo. Mostra Uma história do cinema brasileiro a partir da direção de arte: primeiras impressões. Caixa Cultural. Rio de Janeiro: MNEMOSINE SERVIÇOS AUDIOVISUAIS, 2017.

BRITZ, Iafa; BRAGA, Rodrigo Saturnino; LUCA, Luiz Gonzaga Assis. Film Busine$$: O Negócio do Cinema: Campus Elsevier, 2010.

BUTRUCE, Debora Lucia Vieira. Do modelo teatral ao realismo cenográfico: os primeiros cinquenta anos da direção de arte no Brasil. In A direção de arte no cinema brasileiro. (org.) BUTRUCE, Débora; BOUILLET, Rodrigo. Rio de Janeiro:1ª edição, 2017.

BUTRUCE, Débora Lúcia Viera. A Direção de arte como função criativa no filme brasileiro dos anos 1990. Estudos SOCINE de Cinema, Ano V, p. 119-126, 2004.

BUTRUCE, Débora Lúcia Viera. A direção de arte e a imagem cinematográfica: sua inserção no processo de criação do cinema brasileiro dos anos 1990. Dissertação de mestrado. Niterói: Comunicação, Imagem e Informação da Universidade Federal Fluminense, 2005.

CAIXA Cultural. A direção de arte no cinema brasileiro. (org.) BUTRUCE, Débora; BOUILLET, Rodrigo. Rio de Janeiro:1ª edição, 2017.

CASARIN, Marcela Ribeiro. Imagem no cinema digital: as novas direções de arte e fotografia. Trabalho apresentado no II Seminário Interno PPGCOM UERJ – Rio de Janeiro, 2008. Disponí­vel em: https://pt.scribd.com/document/338711555/Artigo-de-Direcao-de-Arte Acessado em: 02/01/2020.

ETTEDGUI, Peter. Production Design and Art Direction (Screencraft). Waltham: Focal Press Editorial, 2001.

HAMBURGER, Vera. Arte em cena: a direção de arte no cinema brasileiro. São Paulo: Editora Senac São Paulo; Edições Sesc São Paulo, 2014.

JACOB, Elizabeth Motta. Um lugar para ser visto: a direção de arte e a construção da paisagem no cinema. Dissertação de mestrado. Niterói: Comunicação, Imagem e Informação da Universidade Federal Fluminense, 2006.

LUMET, Sidney. Fazendo filmes. Rio de Janeiro: Artemí­dia. Rocco, 1998.

MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Brasiliense, 2003.

MARTINS, India Mara. A Direção de Arte e criação de atmosferas no cinema contemporâneo brasileiro. In Catálogo da Mostra direção de arte no cinema brasileiro. Caixa Cultural. Rio de Janeiro: Mnemosine serviços audiovisuais, 2017.

PEREIRA, Luiz Fernando. A direção de arte: construção de um processo de trabalho. Dissertação de Mestrado, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.

SALES GOMES, Paulo Emí­lio. A expressão social dos filmes documentais no cinema mudo brasileiro (1898-1930. In: CALIL, Carlos Augusto; MACHADO, Maria Teresa (orgs.). Paulo Emí­lio: um intelectual na linha de frente. São Paulo: Brasiliense, 1986.

SILVA, Acir Dias da; SIRINO, Salete Paulina Machado. Cinema brasileiro e educação. Cascavel (PR): Unioeste, 2018.

SISSON, Rachel. Cenografia e Vida em Fogo Morto. Rio de Janeiro: Editora Artenova / Embrafilme, 1977.

XAVIER, Ismail. O cinema brasileiro moderno. SP, Paz e Terra, 2001.

Filmografia:

A festa da menina morta, direção Matheus Nachtergaele, produção: Bananeiras Filmes, Brasil, 2008, 1filme (1h 55min.), longa-metragem, colorido, sonoro, 35mm.

A ostra e o vento, direção Walter Lima Jr., produção: Ravina Produções, Brasil, 1996, 1 filme (1h 58min), longa-metragem, colorido, sonoro, 35mm.

Braza dormecida, Humberto Mauro, 1928, Cataguases, MG 1 filme longa-metragem, 2h 00min, mudo, preto e branco.

Carlota Joaquina – princesa do Brasil, Carla Camurati, 1995, 1 filme, 1h 40min, Histórico, Drama, sonoro, colorido.

Deus e o diabo na terra do sol, Glauber Rocha, 1964, 1 filme longa-metragem, 2h 00min, drama, preto e branco.

O beijo da mulher aranha, direção e Hector Babenco, produção: Embrafilme, Brasil, 1985, 1 longa-metragem, colorido, sonoro,

Tico-tico do fubá, Adolfo Celi. Companhia Cinematográfica Vera Cruz S.A. 35mm, BP, São Paulo: 1952. 1 filme 133min20seg, 2.561m, 24q, RCA-Victor, sonoro, colorido.

Todas as informações, créditos e datas (de lançamento) dos filmes nacionais foram colhidos na base de dados Filmografia Brasileira, da Cinemateca Brasileira (Ministério da Cultura). Disponí­vel em: http://bases.cinemateca.gov.br

Published

2020-05-16

Issue

Section

Artigos