Quadrinhos visionários de Jim Woodring

Autores

  • Matheus Moura Silva Universidade Federal de Goiás - UFG

DOI:

https://doi.org/10.33871/23580437.2015.2.1.131-147

Palavras-chave:

quadrinhos visionários, Estados Não-Ordinário de Consciência, processo criativo, visões

Resumo

A proposta deste artigo é apresentar o quadrinhista estadunidense Jim Woodring (praticamente desconhecido do leitor brasileiro) e aproximar o trabalho dele da chamada Arte Visionária. Como Arte Visionária é usado o conceito traçado pelo artista Laurence Caruana no livro Primeiro Manifesto da Arte Visionária, de 2001. Para a análise foram usadas diversas entrevistas e depoimentos de Jim Woodring para buscar compreender os processos criativos empregados na construção de suas histórias. Para tanto, são traçados alguns aspectos biográficos do quadrinhista para tentar entender a relação de sua vida particular – repleta de visões (ou alucinações) espontâneas – com os quadrinhos que faz, principalmente os que constam no livro JIM – Jim Woodring's Notorious Autojournal, lançado em 2014 pela editora Fantagraphics Books. Nele são reunidos histórias autobiográficas publicadas originalmente entre as décadas de 1970 e 1990, de forma independente, por meio de fanzines e, posteriormente, pela supracitada editora. O objetivo da análise é relacionar este trabalho de Woodring, em especial, com a Arte Visionária e distanciá-lo da possí­vel aproximação com o surrealismo. A metodologia empregada é a descrição formal das histórias procurando pistas que indiquem aspectos notoriamente visionários nas HQs, aliado à própria trajetória de vida do artista – afim de interpretar como é a relação dele com as imagens que vê cotidianamente e como elas afetam o trabalho dele. É possí­vel adiantar que as visões influenciam a vida de Woodring de forma determinantes para o desenvolvimento do trabalho atual do artista, seja ele genuinamente visionário ou não.

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Publicado

2015-06-24

Edição

Seção

Artigos