Quando a performance começa?: uma poética edificada sobre a afetividade e a cibercultura
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2020.7.1.16-27Palavras-chave:
Performance Arte, Relações afetivas, Cibercultura, Autoetnografia,Resumo
O artigo apresenta o estudo, elaboração e execução de uma ação performativa transversal que parte de uma pesquisa em Poéticas Visuais na Arte Contemporânea. O objetivo do estudo se constituiu da criação de uma Performance que discute a entrada da tecnologia nos relacionamentos afetivos. A Performance Arte tem atraído inúmeros artistas pela potência do corpo em estado de arte. Por outro lado, nos últimos tempos, a convivência com ambientes virtuais tornou-se uma constante na vida humana. Aqui, a Performace busca abranger arte, corpo e comunicação.As teóricas Goldberg e Taylor sustentaram e fortaleceramas ações performativas nos seus aspectos teórico-práticos, sobretudo no que tange à imersão nessas questões sociais latentes e manifestas. No que diz respeito aos relacionamentos afetivos e suas transformações no mundo contemporâneo, Bauman sedimentou a pesquisa com sua abordagem do mundo líquido aqui vislumbrado nas relações afetivas cruzadas pelos contatos no mundo virtual. Nesse contexto, as relações afetivas foram estudadas a partir de sua nova configuração calcada no uso de dispositivos tecnológicos que constroem o que Santaella chama de cibercultura. Os procedimentos metodológicos buscaram dialogar com a antropologia no que tange à pesquisa de campo, subsidiada por um viés autoetnográfico discutido a partir das autoras Fortin e Versiani. Finalmente, o texto aborda aPerformance Quando começa uma Performance? cujos processos criadores são expostos ao longo desta escrita reflexiva sobre a ação.
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Referências
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