Arte e Política: Malas na Cidade e o Conceito de Comum
DOI:
https://doi.org/10.33871/23580437.2019.6.2.189-205Palavras-chave:
cidade, comum, criação, fanzine, malaResumo
O presente trabalho foi desenvolvido a partir do recorte de um conjunto de ações realizadas em Fortaleza, no dia 16 de novembro de 2018, na calçada do Museu de Arte da UFC (MAUC) e nas imediações do cruzamento da Av. da Universidade com a Av. 13 de Maio. A escrita que segue é uma reflexão sobre as ações na rua, trabalho final da disciplina de Ateliê de Criação IV, somadas aos debates sobre arte e política que vieram à tona no decorrer da disciplina de Tópicos Especiais II, ambas ofertadas pelo Programa de pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará (UFC), no segundo semestre de 2018. Sua elaboração traz, inicialmente, a história das malas que me acompanharam em diferentes momentos da vida. Em seguida, exploro a maneira como essas narrativas se atravessam no processo de criação de um fanzine conceitual, seguidas de uma descrição das ações na rua, que integraram o IV Seminário Internacional das Artes e seus Territórios Sensíveis (SIATS). As vivências e interlocuções com a cidade que aconteceram na data das ações fundamentam-se aqui tomando como referencial o conceito de comum, em Arendt, e de partilha do sensível, em Rancière. Defendo a ideia de que as ações e o uso das malas na cidade contribuem na construção de um espaço comum, onde há espaço para a troca, momento de criação e possíveis diálogos com a lógica de produção do fanzine. Este trabalho é uma produção do Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte (LICCA-UFC) e é parte de uma pesquisa em Arte Contemporânea que tem como intuito realizar uma série de ações que se somem no processo de criação de um zine-cidade.
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